30.12.19

Os meus 12 livros favoritos de 2019


O fim de 2019 chegou e, apesar do ano ter sido difícil em muitos sentidos, quero me despedir dele de forma positiva. E que melhor maneira de dizer adeus do que falando sobre o que aconteceu de melhor nesses últimos doze meses? Eu li bem menos dessa vez, mas obras variadas. Em 2019 eu decidi não me prender mais a metas e respeitar os momentos em que não queria ler, e isso foi muito bom para a minha saúde mental.


Acabou que também escolhi bem minhas leituras. Em 2019 devorei mais obras de não-ficção e dei uma chance a outros livros que não romances de época, já que é sempre bom variar. Esse ano também tive boas experiências lendo em e-book, algo a qual eu resistia bastante em anos anteriores. Assim, termino 2019 bem satisfeita com o que li e, claro, dicas incríveis de dramas, romances e até quadrinhos para vocês! Confiram:

Melhores dramas: Passarinha e A Intérprete

Duas histórias me emocionaram em especial em 2019. A primeira delas é Passarinha, de Kathryn Erskine. Fofo, divertido e emocionante, o livro traz uma narrativa rica e única sobre luto, superação e aceitação das diferenças. A obra me conquistou, me fez rir e chorar com uma protagonista com autismo, uma garotinha honesta e observadora que está tentando lidar com a morte do irmão mais velho.

A Intérprete, de Annette Hess, é uma obra igualmente inteligente e intensa. Com a sensibilidade necessária, o livro revela a violência nos campos de concentração e os bastidores dos julgamentos de Auschwitz. A tensão psicológica que domina a história compensa pelos acontecimentos previsíveis e tornam a leitura viciante. Mas, o que faz A Intérprete valer a pena são suas mensagens: todos somos humanos e carregamos tanta bondade quanto maldade dentro de nós.

Conheça melhor as obras:
- Resenha completa de Passarinha
Resenha completa de A Intérprete


Melhor policial: Segredo de Sangue

Segredo de Sangue, de Tess Gerritsen, foi o suspense policial que eu não sabia, mas que estava precisando ler em 2019 para me lembrar do quanto gosto do gênero. A obra conta com detalhes aprofundados sobre crimes e investigações policiais, mas, mais do que isso, Segredo de Sangue é um ensaio sobre o comportamento criminoso em forma de uma questão: crianças más crescem para serem adultos maus?

Eu não recomendo o livro para quem não gosta de tramas que detalham certos tipos de violência e crimes. Mas, para quem curte e aguenta uma boa quantidade de sangue, Segredo de Sangue tem um final cheio de ação e surpresas, assim como diálogos bem-humorados e a amizade fofa de duas policiais. Eu gostei tanto do livro que fiquei viciada também na série de TV Rizzoli & Isles, baseadas nas obras de Tess Gerritsen.

- Leia a resenha completa de Segredos de Sangue
Melhor quadrinho: Deadly Class

Eu não sou muito de ler HQ's, mas fiquei viciada em uma no início de 2019. Após maratonar e amar a 1ª temporada de uma série de TV chamada Deadly Class, fui buscar os quadrinhos (de Rick Remender e Wes Craig) que inspiraram o show e acabei me apaixonando por eles também. A história sobre uma escola de assassinos é sombria e sangrenta, mas muito divertida. Através de muita violência e humor ácido, Deadly Class faz críticas sociais afiadas e advoga pela importância da amizade e do apoio para jovens. Mesmo recheada de adolescentes punks e seus dramas de colegial, a obra nos faz refletir sobre ciclos de violências e como é ser (e se sentir) diferente do resto do mundo.

Leia também: [Crítica] Tudo sobre Deadly Class: adolescência punk e ciclos de violência


Melhor ficção cientifica: Artemis

Artemis, de Andy Weir, é uma ficção científica incrível. Foi fascinante acompanhar uma história que se passa totalmente em uma colônia lunar. Contudo, para o meu gosto, a trama gasta muito tempo em detalhes técnicos (por exemplo, de que material é feito o casco que protege a cidade). Tantos detalhes deixam a leitura lenta, mas muito mais rica e realista. Dois pontos positivos importantes de Artemis foram sua protagonista feminina muito forte e a narrativa em primeira pessoa dela, que é hilária. O livro me deixou louca não só para morar na lua, mas também para ler mais obras do autor.

- Leia a resenha completa de Artemis
Melhor não-ficção: Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas

Uma leitura rápida e fácil, assim que terminei Mulheres Não São Chatas, Mulheres Estão Exaustas, fiquei com vontade de comprar uma cópia para todas as mulheres na minha vida! O livro é tão bom para quem já levanta a bandeira da igualdade de gênero há muito tempo, assim como para quem acabou de descobrir o que é feminismo. Mais que isso, é uma obra que nos faz refletir sobre nosso lugar na sociedade, sem esquecer que somos cada uma de um jeito e com uma história de vida diferente.

Mulheres Não São Chatas, Mulheres Estão Exaustas também nos convida a agir. O livro é uma inspiração para repensarmos nossa vida e lutar por melhorias não para nós somente, mas para e COM todas as outras mulheres. É uma obra necessária também para homens, já que os ajudaria a compreender melhor como é difícil a missão de ser mulher hoje em dia e como não temos muitos dos privilégios atribuídos a eles.

- Leia a resenha completa de Mulheres Não São Chatas, Mulheres Estão Exaustas


Melhor livro sobre escrita: The Art of Slow Writing

Em 2019 eu decidi me dedicar mais a escrita e um dos modos que fiz isso foi lendo sobre o assunto. Li algumas obras bem bacanas sobre a arte de escrever, mas nenhuma me marcou tanto quanto The Art of Slow Writing, de Louise DeSalvo. Essa é obra única. Mais do que dicas sobre como manter um hábito de escrita e como sobreviver ao processo de escrever um livro (coisas que encontramos aqui), The Art of Slow Writing é focado em reflexões sobre a escrita como uma arte lenta e que pode tornar a vida de uma pessoa muito mais completa. O livro desconstrói a ideia do escritor como um ser mítico abençoado pela musa da criatividade, o que foi muito positivo para mim. DeSalvo prega que qualquer um pode ser um escritor, desde que se dedique o suficiente, e não só escrevendo, mas lendo e estudando sobre o assunto.

- Leia a resenha completa de The Art of Slow Writing


Melhor romance: The Bride Test

Eu fiz um post inteiro dedicado aos romances que me marcaram em 2019, mas eu acho que se eu tivesse que escolher só unzinho como melhor do ano para salvar minha vida, teria que escolher The Bride Test, de Helen Hoang. O livro é uma comédia romântica que parte de um clichê delicioso (casamentos arranjados) para se tornar um romance arrebatador sobre se redescobrir e se deixar ser amado. 

Com um homem autista e uma mulher imigrante como protagonistas, a obra nos ensina que está tudo bem ser diferente e que você não precisa se encaixar para conquistar seus sonhos e ser feliz. Com casamentos, funerais, passeios de moto, buscas por pais perdidos, idas ao hospital e muito mais, The Bride Test é um romance hilário, que nos faz rir do início ao fim, mas também torcer pelos personagens e até quase chorar de emoção.

Leia também:


Nova autora favorita: Emily Dickinson

Eu conheci a poeta através da coletânea Emily Dickinson: Não sou Ninguém (com tradução de Augusto de Campos) e imediatamente me apaixonei. Seus poemas possuem uma escrita única e fascinante. Muitas vezes sem título e com frases curtas, Emily Dickinson encanta com rimas elegantes e peculiares, assim como mensagens enigmáticas. Falando de morte a fama, de beleza a amor, as poesias dela são misteriosas, mas envolventes e impactantes. Nem preciso dizer que a coletânea Emily Dickinson: Não sou Ninguém foi uma das minhas leituras favoritas de 2019, certo?

Leia também: [Crítica] Dickinson: série de época da Apple reimagina vida da poeta

Clique no link abaixo para comprar a obra:



Melhor série nova: Os Rokesby

No post sobre os 7 melhores livros de romance de 2019, falei sobre como me apaixonei pela Trilogia das Almas de Deborah Harkness. Mas logo que a postagem foi ao ar, me lembrei de outra saga apaixonante que merecia ser mencionada. Assim, venho reparar o meu erro esclarecendo que Os Rokesby, de Julia Quinn, também conquistou um espacinho no meu coração em 2019.

Os Rokesbys são uma família aristocrática inglesa fora dos padrões que encanta os leitores. Vizinhos e amigos íntimos dos Bridgertons, seus membros aprontam as mais malucas e românticas confusões em plena Era Regencial. No livro 1, Uma Dama Fora dos Padrões, Billie Bridgerton jamais imaginava, mas acaba se apaixonando pelo herdeiro Rokesby, o visconde George. O livro 2, Um Marido de Faz de Conta, se passa nos Estados Unidos e traz o casamento de mentirinha de Edward Rokesby e Cecilia Harcourt que acaba se transformando em um amor muito real. No livro 3, Um Cavalheiro a Bordo, meu favorito até agora, Poppy Bridgerton é uma mulher curiosa que acaba capturada por contrabandistas e seduzida pelo capitão do navio pirata, Andrew Rokesby. O livro 4 ainda não foi lançado, mas mal posso esperar para devorá-lo!

Leia as resenhas dos livros da série:
- Um Cavalheiro a Bordo - vol. 3


E esses foram os 12 melhores livros que eu li em 2019! Agora me contem: já leram alguma das obras citadas? Ou ficaram com vontade de ler alguma das minhas recomendações? E quais histórias marcaram suas leituras esse ano? Não deixem de comentar aí embaixo com dicas dos seus livros favoritos de 2019!

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3 comentários:

  1. Qual aplicativos vc usou pra contar os livros e páginas??

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  2. Passarinha é um livro que li tem alguns anos e ainda guardo um espacinho no meu coração.
    Estou devendo ler mais Julia Quinn e fica para 2020.
    Feliz Ano Novo!
    http://www.umlivroenadamais.com.br

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