2.11.19

Livros, músicas, filme e séries favoritas de Outubro


Vamos dizer adeus para as fantasias e filmes de terror, Outubro finalmente terminou. O mês de Halloween até que passou bem mais lentamente que do que eu esperava, mas mesmo assim foram boas semanas. Eu li bem menos que em Setembro, mas o ritmo mais lento foi compensado, já que finalizei a leitura de um clássico e ainda tive tempo para começar uma obra de poesia. Consegui também postar algumas resenhas bem bacanas por aqui e até mesmo uma listinha de dicas, algo que não fazia há um bom tempo...

Em Outubro ainda aproveitei para cortar da minha listinha um filme baseado em fatos reais que preciso recomendar para vocês, e vi tanto uma série de ação e fantasia com um show documental muito bacana. Nesse resumo do mês, trouxe a indicação de um dos meus novos cantores favoritos e quero a ajuda de vocês para escolher minha próxima leitura! Vamos aos favoritos de Outubro?

Relembre os livros, músicas, filmes e séries favoritas de Setembro

Leituras atuais:

Como comentei em um post recente do blog, ultimamente tenho lido vários livros ao mesmo tempo. E um dos escolhidos da vez é Acordei Apaixonado Por Você, um romance nacional interessante, mas cujo ritmo ficou bem lento agora que cheguei mais ou menos na metade da obra... Contudo, é sempre bacana ler um livro nacional e reconhecer cenários e o jeito de falar dos personagens.

Faz tempos que queria voltar a ler poesia e decidi fazê-lo através de uma autora que já ouvi falar muito: Emily Dickinson. Na obra Não Sou Ninguém, Augusto de Campos reuniu e traduziu uma coletânea dos poemas mais famosos e mais bonitos da autora, que revolucionou a poesia norte-americana. Algo que amei é que essa edição que estou lendo é bilíngue, assim, além de apreciar as poesias, posso treinar meu inglês. E já dou o spoiler que estou amando os poemas de Dickinson, com sua musicalidade e beleza únicas.

Obras lidas em Outubro:

Nesse último mês eu dei uma desacelerada em comparação a Setembro, tanto que só terminei 3 obras. No mês mais assustador do ano, devorar A Chama de Ember foi uma escolha perfeita, já que esse steampunk envolve muitas bruxas, vampiros e até mesmo o bicho-papão. Apesar de ser descritivo demais e arrastado em alguns pontos, o romance com pitadas de triângulo amoroso e amor proibido faz tudo valer a pena.

Em seguida, eu finalmente terminei Mulherzinhas. Foi muito bom conhecer o tão falado e recontado clássico americano, que traz mensagens bacanas sobre amizade feminina e irmandade, apesar de ter alguns aspectos que não envelheceram bem, como a ideia de que o "destino final" de uma jovem mulher é o casamento. Por fim, também li em Outubro O Duque Mais Perigoso de Londres. O romance de época tem muitos detalhes que lembram outros livros do gênero, mas é uma leitura divertida e sensual sobre vingança, com umas pitadas de Romeu e Julieta ao trazer o romance de um casal de famílias inimigas.

Próximas leituras:

Chegaram tantos livros bons por aqui em Outubro que fica até difícil dizer qual vou ler primeiro. Contudo, estou ansiosa para começar Agir e Pensar como um Gato, já que parece ser uma obra de auto-ajuda bem despretensiosa, com dicas divertidas para aproveitar a vida inspiradas em gatos. E, para completar, a edição do livro é super fofa, com muitas ilustrações de gatinhos.

Também quero ler logo O Café da Praia, já que não resisto a um romance e esse promete muitas emoções com uma linda praia, um café e um romance de verão. Além do mais, só tenho ouvido elogios em relação a autora...

Músicas favoritas de Outubro:


Eu descobri o YUNGBLUD em Outubro e basicamente nenhum outro artista tocou nas minhas playlists nas últimas semanas. YUNGBLUD é um cantor inglês que ganhou bastante fama internacional quando apareceu nas trilhas sonoras da série 13 Reasons Why. Contudo, suas obras autorais são muito mais interessantes. As músicas do artistas falam bastante sobre saúde mental e como é ser jovem no conturbado mundo atual. Tudo isso com uma sonoridade única, que mistura rock alternativo, hip-hop e ska (gênero musical originado na Jamaica nos anos 50, que combina elementos caribenhos como o mento e o calipso e estadunidenses como o jazz, jump blues e rhythm and blues).

Polygraph Eyes é a minha música favorita do cantor, porque fala sobre estupro de vulnerável (quando a vítima não é capaz de defender-se) com muita sensibilidade e clareza. É raro você ver artistas homens sequer tocando nesse assunto, mas YUNGBLUD se retira completamente de cena nessa música e narra a história de uma garota que sai com as amigas no sábado a noite, fica embriagada e acaba sendo violentada.

Polygraph Eyes ainda aborda a questão da culpabilização da vitima, afirmando que "ela nem consegue correr, nem consegue andar", mas que mesmo assim quando tenta explicar o que aconteceu ao namorado, "ele não conseguia entender, em sua mente, ela era uma escória". Polygraph Eyes é uma música triste e com uma temática pesada, mas necessária e um exemplo belíssimo de como a arte pode trazer a tona conversas importantes, como a necessidade de consentimento e violência sexual. 


Com uma energia muito menos pesada que a outra música, minha segunda canção favorita de YUNGBLUD também traz algum criticismo. Parents desafia a noção de que pais (e figuras de autoridade em geral, como professores e padres) estão sempre certos, fazendo alusão aos preconceitos que as gerações mais velhas têm com muito bom humor. Novamente, as dificuldades de ser jovem no mundo de hoje também são abordadas através de um ritmo contagiante e dançando e um clipe bem maluquinho.

Melhor filme do mês:

Grande Olhos está a um bom tempo na minha listinha, mas só consegui ver o longa quando descobri que ele está disponível na Netflix. O filme conta a história real de Margaret Keane, uma jovem artista que, logo após escapar de um casamento abusivo, acaba se apaixonado por um pintor. Contudo, ela logo começa a notar que seu novo marido nada tem de príncipe encantado. Ganancioso, ele se aproveita quando confundem uma obra de Margaret, as hoje tão famosas crianças com grandes olhos, como dele. Em uma época em que pintoras não ganhavam fama, Margaret aceita deixar que o marido leve crédito por suas obras, no que se tornaria uma das mais chocantes farsas do mundo da arte moderna e um dos períodos mais sombrios da vida da artista.

O fato de Grande Olhos ser uma história real torna o filme ainda mais impactante e crítico. Além de uma homenagem ao trabalho de Margaret Keane, o longa é um registro dos preconceitos do mundo da arte e de como a ganância de um homem pode acabar roubando a arte e a vida de uma mulher. Acompanhar o relacionamento abusivo pelo qual Margaret passou é emocionante, assim como saber que tudo teve um final feliz e, após lutar judicialmente, ela recebeu o que merecia pelas suas belas obras.

Apesar de uma temática tão sombria, Grandes Olhos é conduzido de forma leve, com pitadas de comédia. Dirigido por Tim Burton, o filme ainda tem um visual interessante, bastante colorido e perfeito para uma trama que fala tanto de arte. Amantes de pinturas e histórias reais, assim como quem não dispensa um longa cativante, vão gostar bastante de Grandes Olhos.

Séries favoritas de Outubro:

Em Outubro curiosamente eu também não vi tantas séries quanto costumo, mas duas produções da Netflix acabaram me conquistando. Uma delas é Explicando, um show documental que explora temas diversos e polêmicos. Em cada um dos episódios de 15-20 minutos, assuntos como cultos, dietas, astrologia, bilionários, crise da água, tatuagens, inteligência animal, maconha, K-pop, o mercado de ação e muitos outros são explorados de forma visualmente agradável e simples. Se você, como eu, é uma pessoa curiosa que ama saber fatos aleatórios, mas baseados em muita ciência e pesquisa, precisa assistir cada um dos episódios de Explicando.

Mas, para quem gosta mais de ficção, a dica do mês é Daybreak. Confesso que o primeiro episódio me desanimou um pouco, graças a seu estilo adolescente e atores pouco convincentes. E, bem, Daybreak é uma série de zumbis bem clichê, não vou mentir. Na trama, um jovem canadense desajustado que mora nos arredores de Los Angeles acaba tendo a sua melhor vida quando o apocalipse acontece e todos os adultos viram zumbis. Ele não se junta as tribos dos outros sobreviventes e prefere navegar essa nova realidade de filme de terror sozinho. Mas, para encontrar a garota que ama, ele acabará tendo que fazer amizade com outros desajustados. Como disse, a produção não é das mais originais ou tem o melhor dos elencos, mas a trama divertida de poucas surpresas acabou me conquistando. Com apenas 10 episódios, a série Daybreak é perfeita para descansar a cabeça com algumas risadas e romances adolescentes.

Postagens do mês:

Resenhas de livros

Listas e dicas sobre livros


Mas agora quero ouvir de vocês. O que acharam das indicações? E quais foram suas leituras, músicas, filmes e séries favoritas de Outubro? Não deixem de comentar!

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2 comentários:

  1. Oi Ana Luiza.
    Adorei as suas dicas e fiquei curiosa com algumas delas...
    O meu mês de outubro não foi tão produtivo quanto o seu, mas li um clássico da literatura incrível que foi "A Morte de Ivan Ilitch" de Tolstoi.
    Beijo
    Mundo da Fantasia

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  2. Oi Ana, to doida para ler A Chama de Ember, meu livro já está separado, adorei tb a dica musical, curti a voz do cantor e o estilo de música! Valeu!

    Beijos Mila

    Daily of Books Mila

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