A HISTÓRIA
Gillie Trewlove é uma mulher que se orgulha de sua independência. Criada junto aos irmãos, outros bastardos abandonados na porta de uma jovem viúva pobre, ela aprendeu desde a infância a esconder suas fraquezas e trabalhar duro. E agora ela vive a vida que sempre quis. Gillie é dona de sua própria taverna, mora sozinha e é respeitada por todos aos seu redor. Quando encontra um homem em uma rua próxima a sua taverna e o salva da morte, contudo, sua vida vira de cabeça para baixo.
O duque de Thornley foi criado para ser um homem frio e racional, mas quando é abandonado no altar, todos os sentimentos de sua juventude rebelde voltam a tona. Ele não estava se casando por amor, e sim por terras e para cumprir uma promessa ao seu pai. Contudo, ser um dos homens mais ricos e poderosos da Inglaterra não foi o suficiente para sua noiva, que fugiu da igreja para um dos bairros mais pobres de Londres. E Thornley, claro, foi resgatá-la, mas é ele quem acaba precisando de ajuda.
Thornley fica imediatamente fascinado por sua salvadora. Diferente das mocinhas frágeis e assustadas da aristocracia, ele conhece Gillie, uma mulher que, além de bela, é dona do próprio nariz e não deixa se intimidar por ele. Após passar dois dias na cama dela, impossibilitado por seus ferimentos, Thornley percebe que outras partes dele, como o seu coração, não estão intactas ao charme de Gillie. Contudo, a mulher não deseja nada além de ajudá-lo, primeiro com seus machucados e depois com a busca de sua noiva desaparecida.
Gillie jurou nunca se entregar para um homem, pois é prova viva de como eles muitas vezes não assumem suas responsabilidades. Mas como ela pode não ficar tentada com o belo e provocante Thornley? Já ele sabe que não deveria se envolver com outra mulher enquanto procura pela noiva, mas sua atração por Gillie é muito mais forte do que ele jamais sonharia em sentir. A dona de uma taverna e um duque não podem ter um final feliz, mas Gillie e Thornley não conseguirão resistir por muito tempo, mesmo que se envolver um com outro ameace tudo o que eles um dia juraram ser ou não ser.
A SÉRIE
O Amor de um Duque é o segundo volume da série Sins of all Seasons de Lorraine Heath, que até o momento conta com 4 livros lançados. Cada uma das obras traz um romance inesperado e emocionante de membros da família Trewlove, bastardos da aristocracia inglesa criados por uma viúva.
No livro 1, Desejo e Escândalo, o mais velho, Mick Trewlove, usa sua fortuna e sedução para tentar destruir o herdeiro de seu pai, mas acaba se apaixonando pela noiva dele. Em O Amor de um Duque, livro 2, a independente Gillie salva um duque que aparece ferido em sua taverna, sem imaginar que acabaria se apaixonando por ele. No terceiro volume, A Filha do Conde, é a vez de Finn reencontrar uma paixão nobre de seu passado. A Sedução da Duquesa, o 4º volume, conta a história de Aiden, que se aproximará de uma bela viúva que passa a frequentar seu infame clube.
Conheça a saga:
A LEITURA
Após adorar o primeiro livro da série, Desejo e Escândalo, fiquei bastante curiosa para ler O Amor de um Duque e a obra não me decepcionou. O livro me cativou logo de cara com sua mocinha empoderada salvando o mocinho da morte. O fato do casal protagonista ter uma química incrível e proporcionar cenas hilárias e fofas desde o início também é um ponto positivo da obra.
A narrativa em terceira pessoa de Lorraine Heath continua boa nesse livro, apesar de que, para mim, ela se perde demais nos pensamentos dos personagens enquanto poderia se focar mais nas ações dos mesmos. Contudo, de qualquer maneira, a leitura de O Amor de um Duque é muito rápida e flui bem. A autora mescla bem momentos bem-humorados com cenas românticas, e ainda acrescenta um bocadinho de mistério com a busca pela noiva fujona do duque (apesar de que eu já tinha uma ideia de como a história dela iria se entrelaçar com a dos membros da família Trewlove).
No geral, a trama de O Amor de um Duque conseguiu me surpreender e foi muito bem conduzida. Em comparação com o livro 1, Desejo e Escândalo, esse volume tem muito menos ação e cenas picantes, além de que nenhum final explosivo, como no livro anterior. Mas isso não torna O Amor de um Duque pior e sim apenas diferente. Gostei que o casal protagonista demorou um pouco mais para se entregar ao romance, foi muito positivo acompanhar um processo de sedução mais lento e respeitoso entre eles.
Também curti que os mocinhos têm umas longas conversas gostosas de acompanhar, que refletem bastante sobre relacionamentos, sonhos e desejos humanos. Entretanto, senti que O Amor de um Duque acabou tendo uma pegada mais fantasiosa. Enquanto o livro 1 mostra de forma realista o embate entre aristocracia e as outras classes sociais, esse volume aposta mais no "felizes para sempre" que era aparentemente impossível, mas que se realiza com o “poder” do amor dos protagonistas. Novamente, não é algo ruim, apenas diferente do que foi feito anteriormente da série. Mas eu gostei do resultado como um todo, que fez com que O Amor de um Duque soasse único em um gênero já tão saturado.
OS PERSONAGENS
Os mocinhos de O Amor de um Duque me surpreenderam bastante. Eu adorei a independência de Gillie, cuja ambição profissional não vem de um desejo de vingança, como a de seu irmão Mick. Além de bem-sucedida e inteligente, Gillie também é gentil e muito corajosa (eu quase morri de rir com uma determinada cena em que ela usa os punhos para dar uma boa lição em um nobre abusado). Contudo, Gillie está longe de ser perfeita e a vemos crescer ao longo da história. Ela deixa de temer sua própria feminilidade conforme a obra se desenrola e aprende que não é sinal de fraqueza confiar e se entregar a alguém.
Thornley também aprende o seu bocado de lições ao longo de O Amor de um Duque. Eu fiquei muito contente que, sendo um duque, ele é obviamente arrogante e confiante, mas não de uma maneira chata. Thornley é sempre gentil, nunca mente, ameaça ou tenta iludir Gillie e a ama justamente por ela ser uma mulher que não precisa dele e que conquistou as coisas por si só. O relacionamento deles é baseado no respeito mútuo e na amizade, acima de tudo. E, felizmente, conforme a trama avança, Thornley vai aos poucos percebendo que não precisa viver pelo título e que tem direito a, como Gillie, escolher o caminho que quer traçar.
Os personagens secundários de O Amor de um Duque são igualmente cativantes. Revemos todos os outros membros da família Trewlove, sempre divertidos e fofos. Uma novidade desse volume foi a noiva de Thornley, cujos segredos devemos conhecer melhor no próximo volume. Também adorei a mãe dele. Apesar de ser uma doida no início, ao longo do livro vamos entendendo melhor porque ela age como megera e, no finalzinho, até passamos a gostar dela (seus embates com Gillie são simplesmente impagáveis). Também adorei conhecer os divertidos empregados da taverna de Gillie e o garoto órfão do qual ela cuida, que definitivamente eu amaria ver como adulto em seu próprio romance.
A EDIÇÃO
O Amor de um Duque apresenta uma boa edição, nos mesmos moldes da do livro 1. A tradução está excelente, assim como a diagramação, apesar de simples. Não encontrei erro algum no texto, que apresenta um bom tamanho e tipo de fonte, e gostei das páginas cor de creme. Eu acho a capa de O Amor de um Duque linda e gosto que ela segue a mesma ideia (uma modelo em roupas de época) do volume 1, mas sem ser quase idêntica. O fundo escuro é perfeito para O Amor de um Duque, afinal , muitas cenas se passam em uma taverna. Contudo, mesmo lindo, acho que o vestido cheio de babados, as luvas longas e as pérolas não combinam muito com o estilo da mocinha...
CONCLUSÕES FINAIS
O Amor de um Duque traz uma proposta diferente do volume anterior. Apesar de ter menos ação e os mocinhos demorarem a se entregar, a leitura é igualmente ágil e muito engraçada. Há ainda um toque de mistério na trama, que nos cativa com um casal cheio de química e que amadurece bastante ao longo do livro. Apesar do ar meio conto de fadas, a história da dona da taverna que se apaixona por um duque é bem única e apaixonante. O livro está mais que recomendado para fãs de romance de época e da série Sins of all Seasons. Agora mal posso esperar para devorar o próximo volume.
Título: O Amor de Um Duque
Título original: When a Duke Loves a Woman
Série: Sins of All Seasons
Volume: 2
Autora: Lorraine Heath
Editora: Gutenberg
ISBN: 9788539827107
Ano: 2019
Páginas: 320
Compre: Amazon
Conheça mais livros da autora:
Recentemente eu li "Amor de um Duque", é um livro bastante clichê, e muito embora eu ame muito clichês, esse deixou muito a desejar. A escrita de Lorraine Heath é um tanto oscilativa, 8 ou 80, mas na maioria das vezes 8. Contudo, eu acredito que a história poderia ter se desenvolvido melhor, até mais da metade do livro as personagens ainda se encontravam na mesma, sem muitas evoluções, deixando os últimos 3 ou 4 capítulos para desenrolar tudo, toda hora eu ficava me questionando "Meu Deus o livro já está nas últimas, quando que vai finalmente se desenrolar?", admito que fiquei bastante preocupada. A autora demonstrou uma negligência a respeito dos detalhes finais, até mesmo o que diz respeito as características físicas dos próprios personagens, ela descreveu uma coisa ou outra perdida, só pra terem uma ideia, no último capítulo é que foi mencionado a cor do cabelo da protagonista. Relatava a cor dos olhos de Gillie, sua altura e seu cabelo curto, se não me falha a memória, o formato de seu rosto também foi relatado (apenas), e o mesmo pode se dizer do Duque. A história não parece muito promissora se não temos uma visão clara dos personagens. O enredo prometia muita. Além disso, na minha humilde opinião, Lorraine Heart quis explorar cedo demais a atração física e sexual entre Gillie e Thorne, quando eu falo CEDO, quero dizer cedo MESMO. O homem ferido e sangrando na mesa e ela desejando-o, mesmo sabendo que existe gente pra tudo com gostos excêntricos, as circunstâncias dos dois naquele momento pedia bem MENOS. Encontrei tbm uns erros na digitação do livro, uma falha grande e por muitas vezes me sentia perdida no meio das conversas, sem saber quem dizia o que (pois embora houvesse o símbolo de travessão para indicar fala, poucas vezes foi mencionado QUEM disse). E uma última observação, quem já leu *O duque e eu, de Julia Quinn* vai achar semelhanças gritantes entre as obras, até mesmo absurdas. Até o fato da Autora querer continuar a série retratando os irmãos TREWLOVE, assim como Julia Quinn fez sobre os irmãos BRISGERTONS nos da muitas margens para questionar a veracidade de sua obra "Amor de um duque".
ResponderExcluirRecentemente eu li "Amor de um Duque", é um livro bastante clichê, e muito embora eu ame muito clichês, esse deixou muito a desejar. A escrita de Lorraine Heath é um tanto oscilativa, 8 ou 80, mas na maioria das vezes 8. Contudo, eu acredito que a história poderia ter se desenvolvido melhor, até mais da metade do livro as personagens ainda se encontravam na mesma, sem muitas evoluções, deixando os últimos 3 ou 4 capítulos para desenrolar tudo, toda hora eu ficava me questionando "Meu Deus o livro já está nas últimas, quando que vai finalmente se desenrolar?", admito que fiquei bastante preocupada. A autora demonstrou uma negligência a respeito dos detalhes finais, até mesmo o que diz respeito as características físicas dos próprios personagens, ela descreveu uma coisa ou outra perdida, só pra terem uma ideia, no último capítulo é que foi mencionado a cor do cabelo da protagonista. Relatava a cor dos olhos de Gillie, sua altura e seu cabelo curto, se não me falha a memória, o formato de seu rosto também foi relatado (apenas), e o mesmo pode se dizer do Duque. A história não parece muito promissora se não temos uma visão clara dos personagens. O enredo prometia muita. Além disso, na minha humilde opinião, Lorraine Heart quis explorar cedo demais a atração física e sexual entre Gillie e Thorne, quando eu falo CEDO, quero dizer cedo MESMO. O homem ferido e sangrando na mesa e ela desejando-o, mesmo sabendo que existe gente pra tudo com gostos excêntricos, as circunstâncias dos dois naquele momento pedia bem MENOS. Encontrei tbm uns erros na digitação do livro, uma falha grande e por muitas vezes me sentia perdida no meio das conversas, sem saber quem dizia o que (pois embora houvesse o símbolo de travessão para indicar fala, poucas vezes foi mencionado QUEM disse). E uma última observação, quem já leu *O duque e eu, de Julia Quinn* vai achar semelhanças gritantes entre as obras, até mesmo absurdas. Até o fato da Autora querer continuar a série retratando os irmãos TREWLOVE, assim como Julia Quinn fez sobre os irmãos BRISGERTONS nos da muitas margens para questionar a veracidade de sua obra "Amor de um duque".
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