O último post de 2018 não poderia ser outra coisa além de uma retrospectiva das minhas leituras favoritas do ano. Eu tinha a meta de ler 70 livros esse ano e, infelizmente, consegui chegar apenas aos 68. Contudo, como o que importa é qualidade, e não quantidade, já fico feliz com o meu número de leituras da mesma maneira. Afinal, mesmo com uma rotina super corrida, acabei devorando, de acordo com o Skoob, 21.133 páginas esse ano! E vejam que legal essas estatísticas que o site também gerou sobre minha leitura mais longa, a mais popular, minha média de de notas, etc.:
Algumas leituras, claro, marcam mais do que outras. Contudo, no geral, acho que poucos livros em 2018 me decepcionaram. Eu li muitas coisas boas e de gêneros bem variados, acredito eu. Eu já falei melhor sobre meus romances queridinhos de 2018, então nada melhor do que, agora, indicar obras incríveis que li esse ano de outros gêneros. De drama e fantasia, a distopia e não-ficção. Conheça os 10 melhores livros que li em 2018:
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Um livro que me emocionou do início ao fim em 2018 foi O Fundo É Apenas o Começo. A obra de Neal Shusterman aborda um tema bastante delicado, a doença mental em jovens, de forma sensível, mas impactante. Ao longo do livro, acompanhamos a transformação do protagonista de um garoto comum para um paciente de um hospital psiquiátrico, distante dos amigos e da família, e que não consegue mais distinguir entre realidade e delírio. Apesar da temática pesada e dos muitos momentos de tensão, O Fundo É Apenas o Começo foi uma leitura rápida, marcante e emocionante, mas que recomendo com ressalvas, porque pode servir de gatilho...
Melhor ficção cientifica: Não Me Abandone Jamais
Ah, outra obra que me deixou em prantos esse ano foi Não Me Abandone Jamais. Ao narrar a vida de clones criados para serem doadores de órgãos, Kazuo Ishiguro traz reflexões sobre o significado da nossa existência e do que faz a vida valer a pena. Não se enganem, esse não é um livro fácil de ler. Eles nos incomoda - e parte nosso coração - com questões sobre a inevitabilidade de certos destinos (como a morte) e (a assustadora falta de) limites da ciência e da ética humana. Não Me Abandone Jamais é o tipo de livro que realmente te faz mudar durante e depois da leitura. Muito impactante e emocionante, não é nenhuma surpresa que o autor acabou ganhando um Nobel de Literatura em 2017.
Melhor fantasia: A Invasão de Tearling
Muitas vezes a continuação de um livro incrível nos decepciona muito, mas não foi o caso de A Invasão de Tearling. A sequência de um dos meus livros favoritos de 2017 foi poderosa e muito emocionante. A Invasão de Tearling é intrigante e emocionante do início ao fim. Entre disputas por poder e guerras, o livro introduz uma nova protagonista incrível, e um novo mundo em caos social, e aprofunda ainda mais as outras duas mocinhas da saga. Com muitos altos e baixos, a leitura é bastante movimentada e ainda crítica, já que fala sobre relacionamentos abusivos, força feminina e autoconhecimento.
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Compre os livros: O Conto da Aia - Vox
Melhor distopia: O Conto da Aia, com menção honrosa a Vox
Nenhuma surpresa que minha distopia queridinha do ano foi um livro que passei 2018 inteiro recomendado para todo mundo que conheço. O Conto da Aia nunca foi mais relevante, tanto que já considero a obra de Margaret Atwood um clássico dos nossos tempos. Impactante e tenso do início ao fim, O Conto da Aia é uma distopia assustadoramente próxima da realidade sobre um estado totalitário e fundamentalista, cujo controle populacional extremo leva as mulheres a perderem todos os seus direitos e serem obrigadas a assumir novos papéis dentro do ambiente doméstico. Esse é um livro sobre opressão, poder, escolha, sobrevivência e liberdade, especialmente das mulheres, obrigadas a se vestirem, se casarem e até se reproduzirem como ditam os homens, que se baseiam em textos religiosos obscuros. O livro ainda apresenta uma bela e lírica narrativa, que nos faz sentir bastante próximos da protagonista.
E com uma temática tão semelhante, eu não poderia deixar de fazer uma menção honrosa a Vox. A distopia de Christina Dalcher não é tão extrema, mas fala bastante sobre o silenciamento das mulheres e governos conservadores opressores. Apesar de não ser perfeito, a trama explosiva e cativante de Vox nos leva para uma jornada emocionante sobre a importância e necessidade do feminismo, assim como da linguagem. Uma leitura impactante e assombrosa por sua verossimilhança, recomendo Vox para absolutamente todos, especialmente as mulheres. São livros como esse que nos convocam a luta e nos lembram de continuar resistindo.
Melhor não-ficção: O Que Me Faz Pular
Como faço todos os anos, em 2018 tentei não ficar muito presa aos romances (meu gênero preferido) e por isso acabei me aventurando até fora da ficção. E, sem sombra de dúvida, minha obra favorita de não-ficção acabou sendo O Que Me Faz Pular, escrito por Naoki Higashida, um garoto japonês com autismo severo e dificuldades de linguagem, quando ele tinha apenas 13 anos. Esse livro reúne 58 oito perguntas frequentes sobre autistas, mais pequenas poesias e um conto. Com uma escrita intimista, Higashida conversa com o leitor com sinceridade, bom humor e sensibilidade. Ele também nos faz encarar o mundo da sua forma, como um garoto autista com limitações, mas que não é definido apenas por seu diagnóstico. Sem dúvida um dos meus livros favoritos da vida, todo mundo deveria ler O Que Me Faz Pular, já que a obra é uma lição sobre empatia.
Como disse, já fiz um post inteiro dedicado aos meus romances favoritos do ano. Lá, vocês podem saber porque fiquei entre dois livros na categoria melhor romance jovem-adulto (Só Escute e Tash e Tolstói), que contabilizo como uma indicação só, já que as obras tratam de temáticas bem semelhantes; qual o romance de época mais inusitado que li em 2018 (A Verdade Sobre Amores e Duques); e porque uma história de amor contemporânea (Os Números do Amor) em particular me conquistou tanto! Confiem em mim que essas quatro e mais dicas estão imperdíveis! Clique aqui para conhecer os 10 melhores livros de romance do ano!
Compre os livros: O Ceifador - A Nuvem
E para encerrar a minha listinha de melhores do ano, nada mais justo do que falar sobre a série que conquistou meu coração em 2018. Eu peguei O Ceifador com boas, mas não gigantescas expectativas, mas acabei amando a obra! Para uma distopia jovem, o livro não tem tanta ação quanto eu esperava. Contudo, ela traz críticas incríveis e importantes sobre vida, morta, humanidade, poder, corrupção e tecnologia. O Ceifador nos envolve bastante em um cenário futurístico muito próximo do nosso no qual a tecnologia solucionou todos os problemas, menos a tendência a corrupção e a crueldade dos humanos. Impactante e surpreendente, a história é também sombria e emocionante. O final de O Ceifador é de tirar o fôlego e me deixou ansiosa para ler os próximos volumes da série, assim como confiante de recomendar o livro para todos.
E esses foram os 10 melhores livros que eu li em 2018! Agora me contem: já leram alguma das obras citadas? Ou ficaram com vontade de ler alguma das minhas recomendações? E quais histórias marcaram suas leituras esse ano? Não deixem de comentar aí embaixo com dicas dos seus livros favoritos de 2018!
Ana foram ótimas indicações, curti bastante e quero muito em 2019 ler Vox
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
O Ceifador é um livro que to mega curiosa desde que lançou e outras indicações suas já foram para minha lista de desejados em 2019.
ResponderExcluirBeijos,
Ana.
www.umlivroenadamais.com.br