A HISTÓRIA
Marie Bourdon não é uma dama e nem o deseja ser. Criada no mais famoso bordel de Paris, ela também não sonha em se tornar uma cortesã ambiciosa e fria como a sua tia. A mulher gostaria apenas de ser livre, de ter uma família e poder viver de suas criações como modista. E, para tornar seus planos realidade, Marie passou anos juntando dinheiro para fugir. Até que um cavalheiro inglês surge professando seu amor e jurando libertá-la do bordel. Contudo, a fantasia morre um ano depois, quando Marie vai para a Inglaterra e descobre que o homem dos seus sonhos já é casado. Mais do que isso, ele é cruel e Marie acaba na rua, sem dinheiro e sem seu bem mais precioso.
David Hervey cresceu em meio ao luxo da aristocracia, mas nunca se enganou achando que o mundo é um lugar romântico e feliz. Com uma família cheia de segredos e relações tóxicas e violentas, David passou a vida tentando ajudar da maneira que pode. Se dedicar a manter a paz na família acabou tornando-o um irmão, primo e amigo amado, mas infeliz. O sonho de David é abrir uma livraria para poder ter uma coisa só sua. Contudo, quando Marie entra na sua vida, as coisas mudam radicalmente. David reconhece uma bela ruiva chorando das ruas e, obviamente, corre para ajudá-la. Assim, ele não só abriga Marie, como arranja um emprego para ela como camareira da sua prima Sarah.
“- A confusão é o primeiro sintoma do amor.” pág. 46
Viver tão perto de David e sua família acaba mostrando um novo mundo a Marie, que fica cada vez mais atraída pelo anjo que a salvou. Contudo, David é o tipo de homem que jamais se apaixonará por uma cortesã. O que Marie não sabe é que David está fascinado por ela. Mas ele não pode se deixar envolver por nenhuma outra mulher enquanto seu irmão, Thomas, não decidir se vai honrar o compromisso da família e se casar com a prima, Sarah. Assim, surge um amor proibido, mas poderoso o suficiente ma mudar completamente a vida de Marie e David… assim como revelar todos os seus segredos mais sombrios.
A SÉRIE
A Cortesã é o segundo livro da série Damas Perfeitas, da mineira Nahra Mestre. Situados na Inglaterra Vitoriana, os volumes são independentes, mas interligados. Toda a série traz romances de épocas apaixonantes, com pitadas de humor e mistério, além de mocinhas fortes e a frente de seu tempo. No primeiro livro, A Marquesa, acompanhamos o relacionamento de Sarah e Thomas, primos prometidos em casamento que acabam se apaixonando. Em A Cortesã, acompanhamos a história de David, irmão de Thomas, e Marie, sua misteriosa amante francesa, que se tornou criada e amiga de Sarah durante o primeiro livro. E em A Viúva, terceiro livro da saga, será a vez de John, irmão de Sarah, lutar por Viollet, a mulher da sua vida.
- Leia a resenha do 1º livro da série, A Marquesa
- Leia a resenha do 1º livro da série, A Marquesa
A LEITURA: TRAMA E NARRATIVA
Depois de adorar A Marquesa, eu estava curiosa para ler o segundo volume da série Damas Perfeitas. E, o mais interessante acabou sendo o fato de A Cortesã começar antes do livro anterior, abrangendo todo o período em que A Marquesa se situa e indo um pouco além. Assim, podemos ver a história de Sarah e Thomas novamente, só que por outro aspecto. Achei bastante inteligente como a autora entrelaçou a história dos dois volumes, mas sem perder o foco necessário: o relacionamento de David e Marie. Foi incrível ver como esse casal fofo se conheceu, assim como o lento apaixonar dos dois e sua luta para poder viver seu amor.
A trama de A Cortesã é curtinha (o livro tem só 170 páginas), mas bastante movimentada e bem desenvolvida. A história é cheia de altos e baixos e algumas surpresas, além de tramas secundárias que deixam tudo mais interessante. Em primeiro plano, acompanhamos o romance fofo e sensual de Davie e Marie se desenvolvendo. Mas, em segundo, vemos David lidar com os problemas da sua família e seu sonho em abrir sua livraria, enquanto Marie luta para recuperar seu bem mais precioso e se dedica a sua paixão: desenhar vestidos. Isso agregou bastante a história, deixando-a mais ágil e intrigante. A Cortesã é um pouco mais sombrio e tenso que A Marquesa, e não tão engraçado, mas um pouco mais sensual e misterioso. Gostei que a parte final do livro é recheada de ação, com direito a desaparecimentos, buscas e fugas.
A trama de A Cortesã é curtinha (o livro tem só 170 páginas), mas bastante movimentada e bem desenvolvida. A história é cheia de altos e baixos e algumas surpresas, além de tramas secundárias que deixam tudo mais interessante. Em primeiro plano, acompanhamos o romance fofo e sensual de Davie e Marie se desenvolvendo. Mas, em segundo, vemos David lidar com os problemas da sua família e seu sonho em abrir sua livraria, enquanto Marie luta para recuperar seu bem mais precioso e se dedica a sua paixão: desenhar vestidos. Isso agregou bastante a história, deixando-a mais ágil e intrigante. A Cortesã é um pouco mais sombrio e tenso que A Marquesa, e não tão engraçado, mas um pouco mais sensual e misterioso. Gostei que a parte final do livro é recheada de ação, com direito a desaparecimentos, buscas e fugas.
A Nahra Mestre novamente me agradou mostrando não só o lado glamouroso e romântico da época vitoriana, com seus vestidos bonitos e bailes elegantes. A autora também dedica parte da história aos relacionamentos familiares conturbados e tóxicos dos personagens, revelando um lado violento e assustador da época. O que, de maneira alguma, tira o charme e o romantismo da história, e sim a torna mais gostosa de ler. Eu devorei A Cortesã em poucas horas, ajudada pela narrativa em terceira pessoa bastante fluída da autora. Mestre tem uma escrita objetiva e pouco detalhista (do jeito que gosto), mas que consegue transmitir bem as emoções sentidas pelos personagens e ainda nos alegra com diálogos rápidos e afiados, além de românticos.
OS PERSONAGENS
Outro aspecto extremamente positivo de A Cortesã são seus personagens. Adorei como a autora conseguiu envolver as personalidades secundárias, em especial os mocinhos dos outros livros da saga, mas sem ofuscar os protagonistas. Foi muito divertido acompanhar o relacionamento de Sarah e Thomas por outro ângulo, assim como conhecer melhor John e Viollet, um casal muito apaixonado, cuja história trágica estou ansiosa para conhecer no próximo volume. Como em A Marquesa, também amei participação de Lucy, governanta da família de Sarah, e o avô de Thomas e David, o Lorde Granville.
Falando melhor dos protagonistas, eles são muito cativantes e trazem personalidades complexas e humanas. Eu adorei o David no volume anterior, mas gostei ainda mais dele em A Cortesã. O cavalheiro está em seu melhor nesse livro, ainda um jovem divertido e muito gentil, sempre disposto a ajudar as pessoas. Contudo, felizmente, David evoluiu bastante ao longo de A Cortesã e aprendeu que não precisa se colocar de lado o tempo todo e que tem direito não só a felicidade, mas ao amor também.
Marie passa por uma lição similar, percebendo que pode sim ter um destino alegre e amoroso apesar de suas origens sombrias. Também gostei de que, apesar de no início cair no esteriótipo da mocinha frágil e inocente, Marie amadurece bastante ao longo de A Cortesã e aprende a buscar o que quer e lutar suas próprias batalhas. Ela é uma mulher inteligente e bastante talentosa, além de gentil. Marie e David formam um casal perfeito: apaixonado e sensual, mas bondosos e leve. Nesse ponto, eles me lembraram muito um dos casais mais fofos dos romances de época, Jane e Bingley, de Orgulho e Preconceito, apesar de Davie e Marie não serem tão influenciáveis e bobinhos como o casal do clássico.
A EDIÇÃO
A Cortesã segue o mesmo estilo da edição do volume anterior. A diagramação é muito boa e traz detalhes fofos, como esse acessório de penas na numeração. O tipo e tamanho da fonte são bons, e as páginas amareladas deixam a leitura mais rápida ainda. Eu gosto bastante da capa de A Cortesã, mais ainda do que a de A Marquesa. Ambas tem o mesmo estilo minimalista e trazem objetos que se relacionam com a história. Contudo, eu amei os tons de rosa e roxo usados na capa, eles são sensuais como a história e bastante atrativos para o olhar.
CONCLUSÕES FINAIS
A Cortesã é o tipo de leitura rápida e deliciosa que você fica tentado a repetir assim que termina o livro. O ágil romance de época traz a história emocionante do amor proibido entre um cavalheiro inglês e a parisiense criada em bordel, com direito a encontros fofos no jardim, mas também segredos, intrigas familiares e até sequestro. Com muita sensualidade e romance, mas também ação e mistério, A Cortesã tem uma boa narrativa e personagens muito cativantes. Com um casal principal fofo, e secundários igualmente intrigantes, o livro superou minha experiência com o volume anterior, A Marquesa. Nem preciso dizer que estou completamente apaixonada e fascinada pelo universo de época criado pela Nahra Mestre e ansiosa pelas próximas histórias da série Damas Perfeitas.
QUOTE FAVORITO
Título: A Cortesã
Série: Damas Perfeitas
Volume: 2
Autora: Nahra Mestre
Editora: Portal
ISBN: 9788552925125
Ano: 2018
Páginas: 170
*Esse exemplar foi uma cortesia da autora
Compre: Amazon
uau! fiquei sem fôlego com essa resenha minimalista e cheia de sentimentos. Obrigada Ana
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