A HISTÓRIA
Sabrina James não é como a maioria dos colegas da Universidade de Briar. Ela veio da sarjeta, foi abandonada pela mãe, criada pela avó e obrigada a morar também com o padrasto bêbado. Sabrina não só estuda para ser a melhor, como também trabalha em dois empregos. A garota sonha em ir estudar direito em Harvard, e, para isso, tem que dar tudo de si. Ela mal tem tempo para as melhores amiga, imagina para namorados. Contudo, às vezes Sabrina se permite se divertir, coisa que só faz com atletas bonitos e nem um pouco interessados em compromisso. Mas, ela tem uma regra: qualquer atleta menos os jogadores de hóquei.
“Acho que você é o cara mais fascinante que já conheci. Acho que é incrível na cama e quero você de novo. Acho que, se existisse alguém capaz de partir meu coração, essa pessoa seria você.” Sabrina, pág. 50
John Tucker sabe o quanto é sortudo. Apesar de ter perdido o pai na infância, foi criado da melhor maneira pela sua mãe e, graças a uma bolsa de estudos que ganhou por jogar hóquei, pode cursar uma universidade de alto nível como a Briar. Apesar de não pensar muito sobre o futuro, Tucker sabe o que quer: abrir seu próprio negócio e ter uma família. Contudo, ele não encontrou a “mulher certa” para ele, então se diverte com garotas bonitas nesse meio tempo. Entretanto, um dia, ele coloca os olhos em Sabrina e sabe que precisa dela, mas para muito mais do que sexo.
Com um cara maravilhoso, gentil e bom de papo como Tucker, Sabrina acaba abrindo uma exceção sobre sua regra de não transar com jogadores de hóquei. E, nisso, ela acaba tendo o melhor sexo da sua vida, que até mesmo fica tentada a repetir. Contudo, Sabrina sabe que Tucker não é um cara para ela. Além de ter dinheiro e um passado sem traumas, Tucker é do tipo compromisso sério, casamento e filhos, coisa que Sabrina não quer. Então, por que fica cada vez mais difícil se manter longe dele? Tucker logo percebe que Sabrina é a mulher que ele sempre procurou, agora só basta convencê-la disso.
A SÉRIE E EXPECTATIVAS PARA A LEITURA
A Conquista é o quarto e último volume da série Off Campus, aqui batizada de Amores Improváveis. Os livros de Elle Kennedy podem ser lidos de forma independente, mas estão interligados. Se não me engano, inclusive, esse quarto livro se passa ao mesmo tempo em que parte do terceiro, chamado O Jogo. Cada livro vai contar a história de amor surpreendente de um de quatro amigos jogadores de hóquei da universidade de Briar.
“Porque o amor é a conquista mais importante. Não é algo que eu tenha buscado, mas que tive sorte, muita sorte, de alcançar.” Sabrina, pág. 333
Apesar de já ter visto as belas capas da série Amores Improváveis por aí, os livros nunca tinham me despertado grande curiosidade. E, quando ganhei esse último volume da editora, fiquei com medo de ficar perdida com as referências as outras histórias. Mas, como estava buscando um romance leve para passar o tempo, acabei dando uma chance para A Conquista. E, apesar de quase nenhuma expectativa, a obra me conquistou rapidamente.
A LEITURA
Os primeiros capítulos de A Conquista foram suficientes para me conquistar. E, assim, devorei o livro em dois dias, mais da metade em uma única madrugada. O primeiro atrativo da obra é a narrativa intercalada entre Sabrina e Tucker. A história contada em primeira pessoa por ambos os personagens garante certo dinamismo, assim como possibilidade de compreender melhor cada um dos protagonistas e seus respectivos ambientes. Elle Kennedy também ajuda com uma escrita leve, fluída e pouco descritiva, mas que entra na cabeça dos personagens e nos faz entender tudo o que estão pensando e sentindo. A autora ainda nos proporciona diálogos muito divertidos, com trocas rápidas e bem humoradas entre os personagens e, às vezes, dentro dos pensamentos dos personagens.
A trama simples de A Conquista auxilia na tarefa de deixar a leitura tão rápida. Não há muitos conflitos secundários, já que o principal garante dose suficiente de humor, romance, erotismo e muito, muito drama. Não há nada de descomplicado no relacionamento dos protagonistas. Do começo ao fim eles resistem, se desencontram, se enganam, se magoam e muito mais que nos faz sentir em uma montanha-russa amorosa, o que não curti tanto assim. Contudo, Elle Kennedy precisa ser elogiada por, através de uma história de amor tão cheia de idas e vindas, acabar conseguindo dar bastante realismo a trama, mostrando que só amar a outra pessoa não garante final feliz.
Mas, mesmo tão carregada de tensão, a história é divertida e apaixonante, além de intrigante. Há também, claro, algumas cenas de sexo, apesar de que, pelo que li em outras resenhas, não tantas quanto nos livros anteriores. Os momentos de paixão de A Conquista são intensos, mas rápidos, mais um sinal de que a trama é sobre o relacionamento dos personagens e não só sobre sexo. O final feliz não parece tão garantido em alguns momentos, o que nos faz ler a obra sem parar para tomar muitos fôlegos. Mas, quando o desfecho finalmente chega, ficamos felizes com o resultado. E, apesar do meu medo, não fiquei perdida em A Conquista porque não li os anteriores. Há momentos em que percebia que a história estava fazendo referência a outra, mas nada que deixou um buraco inexplicável na minha leitura.
OS PERSONAGENS
Falando em personagens, A Conquista tem um bom número deles. No início fiquei bem confusa com todos os amigos e amigas secundários, e seus respectivos namorados/namoradas, mas com o tempo consegui diferenciar quem é quem. Sem falar que me diverti bastante com algum deles, em especial Garret e Fitzy, por isso fiquei feliz em saber que o primeiro é protagonista do volume 1 da série, O Acordo, e triste que o segundo não ganhou sua própria história.
Quanto aos protagonistas, adorei ambos. Eu gostei da personalidade decidida, focada e ambiciosa da Sabrina. Ela sabe o que quer e corre atrás para melhorar sua própria vida. Eu curti que a autora não fez a mocinha desistir ou mudar seus sonhos ao longo da história, apesar de que ela aprende que adaptações sempre precisam ser feitas. Contudo, me irritei com a baixa autoestima da personagem e como, até no final do livro fica aquela sensação de que a Sabrina acha que não é boa o suficiente para Tucker.
Já ele é o mocinho dos sonhos. Ruivo e barbudo, Tucker é o cara gentil e caseiro, o bom amigo que leva tudo na calma e sempre está disposto para ajudar. Apesar de ser perfeitinho demais pro meu gosto, só o fato de Tucker não pressionar a Sabrina, de saber dar espaço para ela e não a obrigar a fazer o que ele quer, já o torna apaixonante demais para resistir, mesmo o personagem soando completamente irreal. Como um casal, eles são perfeitos um para o outro. Tucker e sua calma compensam a ansiedade de Sabrina e ela e sua ambição despertam o melhor nele. Apesar de demorarem a ficarem juntos de verdade e de sua história ser cheia de altos e baixos, foi uma jornada romântica que, honestamente, não deveria perder nenhum momento.
A EDIÇÃO
A diagramação de A Conquista é simples, as páginas amareladas não trazem qualquer detalhe. A fonte é de bom tamanho, apesar de que prefiro um tipo de letra mais “gordinho” que o usado. A tradução está perfeita e o texto sem erros ou trechos confusos. Eu gostei da adaptação do título. Uma tradução literal de “The Goal”, algo como “O Objetivo” ou “A Meta”, não soa tão bem para um romance adulto como A Conquista.
CONCLUSÕES FINAIS
Diante das minhas baixas expectativas, A Conquista me cativou logo de cara. Uma leitura rápida e divertida, o livro ainda traz muito romantismo e um pouco de erotismo. A trama não é surpreendente e a história é carregada de muito drama (que dá um ar bastante realista para a obra), mas nada disso tira seu charme e magnetismo. O casal bastante oposto conquista e é viciante acompanhá-los e descobrir se vão viver felizes para sempre ou não. Quem gosta de romance jovem picante, ainda mais com uma universidade de pano de fundo, com certeza vai gostar da obra. Eu adorei A Conquista e agora estou bastante curiosa para conferir os volumes anteriores da série Amores Improváveis.
QUOTES FAVORITOS
“Ela [minha avó] me ama, mas às vezes esse amor é tão contaminado que não sei se está me machucando ou me ajudando.” Sabrina, pág. 9
“Não insisti para que fale, porque sei como ela é arisca. O negócio aqui é ser paciente, e ter paciência com Sabrina James compensa. É tão cheia de vida, então basta deixá-la confortável que ela se entrega de corpo e alma.” Tucker, pág. 83
“'Não importa se a carteira da pessoa tá cheia ou vazia. Todo mundo se machuca. Todo mundo se apaixona. Somos iguais. E o seu passado, com quem você mora, de onde veio, isso não importa. Você tá criando o seu próprio futuro, e quero ver onde a estrada vai te levar.’” Tucker, pág. 98
Título: A Conquista
Título original: The Goal
Série: Amores Improváveis
Volume: 4
Autora: Elle Kennedy
Editora: Paralela
ISBN: 9788584390663
Ano: 2017
Páginas: 336
*Esse livro foi uma cortesia da Editora Companhia das Letras
acabei de ler a serie esta semana, juro que no começo fiquei meio com preconceito mas por fim acabei amando todos os quatro livros, meu preferido foi a conquista e ele deixou um gostinho de saudade no final.
ResponderExcluireles comem muita porcaria nos quatro livros mas consegui ate criar uma receitinha bem gostosa baseada na historia .
https://umromancenacozinha.blogspot.com/