A HISTÓRIA
Em poucos meses, Hawkins Hollow será novamente infernizada por um demônio milenar que, se não for morto de uma vez por todas, transformará cidade e o resto do mundo em cinzas. E a missão impossível de detê-lo está sobre os ombros de Cal, Fox e Gage, amigos de infância que se tornaram irmãos de sangue no pacto que fizeram em seu aniversário de dez anos. Mas, dessa vez, os amigos não precisarão lutar sozinhos. Por capricho do destino, eles estão magicamente ligados a Quinn, Layla e Cybil, três mulheres inteligentes e corajosas que resolveram batalhar ao seu lado.
E, estranhamente, combater um demônio pareceu colocar romance no ar. Primeiro Cal e Quinn, depois Fox e Layla se apaixonaram profundamente, descobrindo que o amor, assim como a esperança e amizade entre eles, é uma das armas que deverão usar contra o seu inimigo. Contudo, os mais céticos do seis, Cybil e Gage, gostariam de poder contar com um armamento mais concreto, de preferência. Compartilhando a habilidade de ver o futuro, tanto Cybil quanto Gage já viram em seus sonhos e visões como tudo pode dar errado e todos eles acabarem mortos.
Contudo, uma esperança surge quando os seis conseguem unir os três pedaços de jaspe-sanguíneo em um. Eles imaginam que a pedra, agora completa, guarda algum poder e meio de matar o demônio, e voltam a suas pesquisas para descobrir exatamente como. Gage, entretanto, não está muito otimista. Ele prefere levar armas de fogo e facas para uma batalha, não uma pedra. Mas Cybil acredita que eles descobrirão, se trabalharem juntos, como usar a arma mágica que possuem. Contudo, isso requer que Cybil e Gage se unam e se tornem uma equipe, como os outros.
“Deu-se conta de que Twisse podia se alimentar de humanos, mas não os entedia. E supôs que aquilo poderia ser outra arma no arsenal deles.” Pág. 134
Entretanto, se aproximar demais pode ser um jogo perigoso. Cybil e Gage assistiram seus amigos se apaixonarem em meio a uma guerra sobrenatural, movidos pela força do destino a qual ambos querem resistir. Tanto Cybil quanto Gage não são do tipo que gosta de compromisso e desejam ir embora da cidade assim que matarem o demônio. Mas, a atração física entre eles se acumula desde que se conheceram e está ficando cada vez mais difícil resistir ao desejo de se entregar a paixão e sentimentos ainda mais profundos. Cybil e Gage prometeram um para o outro que não iriam se seduzir, mas, e se para dar fim ao conflito com o demônio eles precisarem fazer justamente isso?
A SÉRIE E EXPECTATIVAS PARA O ÚLTIMO VOLUME
A Pedra Pagã é o terceiro livro da Trilogia A Sina dos Sete, de Nora Roberts. A saga conta a história de Caleb, Fox e Gage, três amigos que, sem saber, liberam um poderoso e maléfico ser sobrenatural, que, a cada sete anos, traz o inferno para a pequena cidade de Hawkins Hollow, onde vivem. Contudo, as coisas começam a mudar quando Quinn, Layla e Cybil, chegam a cidade - três mulheres que estão envolvidas com esse mistério mágico, já, de certa forma, são descendentes desse ser maligno. Apesar das probabilidades, paixão surge na vida desses seis personagens. Eles embarcam em uma jornada perigosa por respostas, para salvar a cidade e os homens de sua maldição. E, em meio a tanta morte e destruição, acabam encontrando também o amor e a esperança.
Leia a resenha dos volumes anteriores:
Eu estava ansiosa para ler A Pedra Pagã. A Nora Roberts é uma das minhas autoras mais queridas e a Trilogia A Sina dos Sete conseguiu me cativar com um mistério sobrenatural intrigante, envolvendo demônios, fantasmas, diversas gerações de uma pequena cidade e, ainda, casais apaixonados. Contudo, o livro anterior, A Maldição de Hollow, deixou bastante a desejar. Apesar de ter continuado bem a trama envolvendo o combate ao demônio que assombra os protagonistas, o casal do segundo volume é forçado e pouco cativante. Mas, ainda assim, minhas expectativas continuavam altas para A Pedra Pagã. Desde o primeiro livro, Cybil e Gage, meus personagens favoritos, trocam faíscas e interações intensas e divertidas que prometiam que o livro deles ia ser sensual e emocionante.
A LEITURA: NARRATIVA, TRAMA E ROMANCE DO LIVRO
A Pedra Pagã não me decepcionou, sendo um encerramento perfeito para a Trilogia Sina dos Sete. A narrativa em terceira pessoa da autora continua boa e fluída. Roberts consegue equilibrar bem tensão sobrenatural (com direito a cenas arrepiantes do demônio disfarçado de criancinha), romance e bom humor. A história se desenvolve de forma rápida e cativante, apesar de que, pelo menos para mim, a autora enrolou um pouco para chegar ao tão esperado conflito final contra o demônio. Como Gage, me irritei com as pesquisas extensas que os outros personagens insistiam em fazer em vez de ir direto para a batalha final contra o ser maligno. Mas, quando chega, a luta contra o demônio não decepciona. Ela acontece de forma rápida, intensa e surpreendente, amarrando todas as pontas soltas da trama.
Eu gostei que a autora não tenha se alongado muito no conflito final, mas achei que o final em si foi um pouco corrido. Gostaria de ter visto mais do pós-batalha sobrenatural, e como os personagens, depois de meses atormentados por um ser maligno sobrenatural, voltariam a vida normal e lidariam com as consequências geradas ao longo da guerra que travaram. Mas, no geral, o mistério sobrenatural da Trilogia Sina dos Sete foi bem desenvolvido e resolvido, conseguindo atingir as minhas expectativas e ainda assim me surpreender.
Quanto ao segundo ponto principal da trama, o romance entre Cybil e Gage, a autora também não me decepcionou. Eu gostei bastante que ambos resistiram ainda mais que os outros casais a se deixar envolver e não caíram de amores um pelo outro só quando começaram a dormir juntos. Cybil e Gage formam um casal explosivo, que nos proporciona cenas bastante sensuais, mas também diálogos divertidos recheados de ironia e provocações. O relacionamento deles amadureceu de forma natural ao longo da história, nem devagar nem rápido demais, e nem um pouco morno, como o de Fox e Layla no livro anterior. Apesar de estarem destinados um para o outro, Cybil e Gage vão fazendo as próprias escolhas e decidindo por si mesmos, de forma madura, se devem ficar juntos ou não, o que tornou a história deles bastante cativante e romântica, mas não melosa e chatinha como a da Fox e Layla.
Quanto ao segundo ponto principal da trama, o romance entre Cybil e Gage, a autora também não me decepcionou. Eu gostei bastante que ambos resistiram ainda mais que os outros casais a se deixar envolver e não caíram de amores um pelo outro só quando começaram a dormir juntos. Cybil e Gage formam um casal explosivo, que nos proporciona cenas bastante sensuais, mas também diálogos divertidos recheados de ironia e provocações. O relacionamento deles amadureceu de forma natural ao longo da história, nem devagar nem rápido demais, e nem um pouco morno, como o de Fox e Layla no livro anterior. Apesar de estarem destinados um para o outro, Cybil e Gage vão fazendo as próprias escolhas e decidindo por si mesmos, de forma madura, se devem ficar juntos ou não, o que tornou a história deles bastante cativante e romântica, mas não melosa e chatinha como a da Fox e Layla.
OS PERSONAGENS
Como já disse, desde Irmãos de Sangue, o primeiro livro da saga, Cybil e Gage são os meus favoritos. Eu adoro que ambos têm espírito livro, amam viajar e são cínicos, fascinados pelo místico e não se conformam com nada, não aceitando nem mesmo a força do destino. Os dois são personagens marcantes e muito cativantes, que mesmo demostrando vários clichês de romance adulto, se tornam únicos e inesquecíveis. Eu adoro o lado bad boy de Gagee. Com um humor afiado e sarcástico, ele gosta de provocar, apostar e quebrar as regras. Gage não se conforma com nada e busca suas próprias respostas em vez de esperar que alguém esclareça as coisas para ele. Um de seus defeitos, entretanto, é o medo em mostrar sua vulnerabilidade, em especial o carinho que tem pelos outros, e as dores e mágoas deixadas pela morte da mãe e pelo pai abusivo.
“-As pessoas se esforçam muito para proteger seus lares. Para mim, Hawkins Hollow é apenas o lugar onde me encontro. ‘Lar’ significa as pessoas que amo.” Cybil, pág. 17
Contudo, ao longo de A Pedra Pagã, vemos Gage deixar para trás seu lado machão intocável e aprender não só a demonstrar seus sentimentos, mas a confiar mais nos outros, além de perdoar. Já Cybil não tem problemas em falar o que sente, mas também não é muito de confiar em qualquer pessoa. A morte traumática do pai e sua família problemática a ensinou temer o desconhecido e a não se entregar por completo a uma pessoa, coisas que mudam ao longo desse livro. Em A Pedra Pagã, a mocinha também mostra o que tem de melhor: sua inteligência impressionante e coragem de lutar pelo que é certo. Cybil é do tipo que não aguenta ficar calada e responde a altura as provocações de Gage. Juntos, eles forma um casal divertido e explosivo, mas também fofo. Eles aprendem a se entregar não só um para o outro ao longo de A Pedra Pagã, mas também se entregar a surpresas e coisas belas da vida.
A EDIÇÃO
A edição de A Pedra Pagã segue o estilo dos outros volumes da série. Não há erros no texto e a tradução está excelente. A diagramação, como de costume da Editora Arqueiro, é simples: as páginas não trazem nenhum detalhe, mas só delas serem cor de creme já deixa a leitura mais confortável, assim como a fonte em bom tamanho. Apesar da capa de Irmãos de Sangue ser a minha favorita da série, a de A Pedra Pagã é bonita e com tons fortes de preto, azul, vermelho e marrom combinam bem com o lado sombrio e sobrenatural da série. Mas, confesso, para mim, faria mais sentido a capa trazer uma ilustração da Pedra Pagã, tão importante na história e presente no título desse volume. Contudo, os pássaros sobrevoando uma floresta combina bem com o ar de mistério e tensão do livro.
CONCLUSÕES FINAIS
Encerramento da Trilogia Sina dos Sete, A Pedra Pagã acabou se tornando o melhor e o meu livro favorito da série. O romance bem-humorado e sensual está muito bem equilibrado com o mistério sobrenatural da saga, que é encerrado de forma emocionante e surpreendente nesse livro. Contudo, achei que a autora demorou demais para chegar ao conflito final contra o grande vilão da história, e ainda deixou a desejar em nos mostrar o destino dos personagens depois de terem vencido. Mas, no geral, a história de A Pedra Pagã é muito boa, assim como cativante, intrigante e surpreendente. O casal principal é o meu queridinho da saga e seu relacionamento ganhou o ritmo certo, já que apesar da grande atração física um pelo outro, os mocinhos não caem de amores logo de cara. A Pedra Pagã é uma história de amor com toques de batalha sobrenatural, uma leitura romântica, emocionante e surpreendente. O livro encerrou muito bem a Trilogia A Sina dos Sete, aumentando ainda mais o meu carinho pela autora. Apesar do bom início e meio morno, o final incrível desse livro fez toda a série valer a pena.
QUOTES FAVORITOS
“O pacto mudara tudo. Ou não? Talvez tivesse apenas revelado o que sempre esteve lá, à espera.” pág. 10
“Mas liberdade? Isso era outra história. Você leva seu passado consigo pela jornada, arrastando-o como uma grossa e inquebrável corrente. Pode tentar ignorá-lo por um bom tempo, mas não consegue escapar.” Pág. 67
Título: A Pedra Pagã
Título original: The Pagan Stone
Série: Trilogia A Sina dos Sete
Volume: 3
Autora: Nora Roberts
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580417760
Ano: 2017
Páginas: 272
*Esse livro foi uma cortesia da Editora Arqueiro
Simplesmente maravilhoso o livro, é o meu preferido, adorei a interação dos personagens, estava louca pra conhecer o Cage e não me decepcionei, a serie em si, é muito boa
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