Shea é uma grande fã de futebol americano. Criada em uma cidade universitária que vive do esporte, ela acompanha todos os jogos desde de criança e hoje trabalha no departamento atlético da universidade local. Shea respira futebol americano, paixão dividida com o pai de sua melhor amiga Lucy, o famoso treinador Clive Carr. Os Carr são a segunda família para ela, eles lhe deram uma infância feliz em meio ao divórcio complicado dos pais, e Shea os ama muito, além de sentir que deve bastante a eles.
Assim, a vida de Shea se resume a futebol americano e os Carr. Nos raros momentos em que não está ocupada com os dois, ela está do lado de Miller, seu namorado, um ex-jogador de futebol que hoje é um professor de educação física. Lucy critica muito o relacionamento da amiga por Miller não ser o tipo de cara comprometido e ambicioso, entretendo, Shea também não possui grandes planos para sua vida, por isso ele lhe parece o companheiro perfeito.
Entretanto, quando a Sra. Carr falece depois de uma triste luta contra o câncer, Shea não consegue parar de se perguntar se não está desperdiçando a própria vida. Disposta a finalmente sair da sua zona de conforto, a garota arruma um novo emprego, como jornalista esportiva, um sonho antigo, e termina com Miller. Essa Shea mais confiante chama atenção de Ryan, uma estrela do futebol americano e antigo colega de faculdade.
Com um emprego empolgante e um novo, carinhoso e bem-sucedido namorado, a vida de Shea parece ter alcançado padrões de perfeição que nem mesmo ela imaginara ser possível. Mas, conforme o tempo passa, as coisas começam a soar novamente incorretas e a mulher começa a ser perguntar: o que, e quem, eu realmente desejo? Contudo, a resposta para essa pergunta acaba sendo mais assustadora e profunda do que imaginava. Será que Shea será forte o suficiente para alcançar o que realmente quer?
Eu tinha boas expectativas para Primeiro e Único, já que sou fã da Emily Giffin. Entretanto, desde os primeiros capítulos a história se arrastou e não consegui me cativar com a protagonista. Shea é o tipo de personagem sem personalidade própria, que faz tudo o que os outros mandam ou o que acha que os outros queiram que ela faça. Sua falta de força de vontade e ambição me irritaram, já que sou o tipo de pessoa que não consegue engolir gente que se acomoda e que não tem sonho algum para perseguir.
Entretanto, a proposta do livro era justamente essa: ver uma garota acomodada “acordar” para a vida e perseguir os seus sonhos após encontrar sua força interior. Mas, a autora perdeu os rumos da trama, a meu ver, e transformou uma história de autodescobrimento e superação em um romance nada convincente e digamos inapropriado. Sério, eu não acredito que idade é impedimento para o amar, mas se apaixonar por um cara que praticamente te criou com um pai é um belo sinal de que você tem problemas psicológicos e paternos, não?
Não consegui acreditar quando a Shea começou a perceber que tinha sentimentos românticos pelo treinador, mas fiquei decepcionada mesmo quando ele começou a dar sinais de também sentia algo por ela. Novamente, não julgo o romance deles pela diferença de idade, mas sim por eles serem praticamente da mesma família. Podem até discordar de mim, mas simplesmente não acho saudável um relacionamento entre uma garota e o homem que sempre agiu como pai dela.
A trama completamente sem noção fez a autora perder uns bons pontos comigo, mas ainda gosto bastante de sua escrita e tenho curiosidade para mais obras suas. Extremamente decepcionada com Primeiro e Único, a leitura foi extremamente lenta e desagradável. Além de me incomodar com o romance inapropriado proposto pela autora, não consegui engolir a personalidade sem sal da Shea, ela começa e termina a obra no mesmo lugar, não cresce e continua 100% dependente emocionalmente dos Carr. E também não gostei nenhum pouco dos longos diálogos sobre futebol americano, não gosto de espotes e senti que passei mais da metade do livro apenas lendo narrações de jogos e reflexões sobre o tema. Infelizmente, Primeiro e Único não me agradou em absolutamente nenhum aspecto.
A edição do livro é o único ponto positivo de Primeiro e Único. A diagramação, apesar de simples, possui alguns detalhes fofos que adorei. Também gostei das páginas amareladas e o tamanho e tipo de vontade estavam bons. A capa é bonita e combina perfeitamente com a trama, graças ao grande destaque que a autora deu para o futebol americano (o que me desagradou).
Título original: The One & Only
Autora: Emily Giffin
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581635972
Ano: 2015
Páginas: 448
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Nossa... A premissa do livro prometia tanto. Pena que você não gostou.
ResponderExcluirDepois que você falou das longas descrições de futebol americano, desencantei também. Não entendo bulhufas desse jogo.
Beijos!
http://balaiodebabados.blogspot.com.br/
Sim, o livro prometia muito, mas infelizmente não cumpriu... E as descrições sobre futebol americano são bem chatinhas mesmo! O esporte não é muito apreciado por aqui, então o livro não tem tanto apelo quanto teria em outros lugares...
Excluirbeijos!
Oi Ana, que pena que o livro não lhe agradou. Eu li ele um tempinho atrás e até que gostei da história em si, confesso que o romance entre a protagonista e o treinador que era como um pai para ela também me incomodou, mas para mim esse foi o único aspecto negativo. Mas é que nem dizem, a leitura pode ser boa para um e ruim para outro, né?
ResponderExcluirBeijos
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que bom que o livro te agradou! Mas também é bom saber que mais alguém achou aquele romance estranho kkkk Mas a literatura é assim mesmo, o que agrada uns, nem sempre é legal para outros e isso é muito legal, pois acaba que todos os gostos são atendidos!
Excluirbeijos!