17.5.15

Lançamentos de Maio/2015: Companhia das Letras

Oi meus lindos! Como vão?

E hoje trouxe mais lançamentos, dessa vez, da Editora Companhia das Letras! Vamos conferir?

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OS BOÊMIOS, de Anne Gédéon Lafitte
Inspirado no Dom Quixote de Cervantes e equiparado a Os 120 dias de Sodoma, do marquês de Sade, ao lado dos quais deveria figurar na estante dos clássicos,Os boêmiosé mais que um folhetim erótico: trata-se de uma análise demolidora do clero na França do século XVIII. O livro conta a história de um bando de “filósofos” que percorrem a região de Champagne sem um destino definido, alimentando-se de galinhas roubadas dos camponeses. Publicado em 1790, esse romance inusitado continuaria relegado ao esquecimento não tivesse Robert Darnton – que assina a introdução e as notas da edição – encontrado em Paris um dos seis exemplares que restaram da destruição promovida por seu próprio editor.
DECLARAÇÃO DE AMOR – Canção de namorados, de Carlos Drummond de Andrade
Com o subtítulo “Canção de namorados”, esta reunião de poemas amorosos, românticos e deliciosamente apaixonados de Carlos Drummond de Andrade mostra a faceta mais lírica do grande poeta mineiro. Textos já clássicos ou que merecem uma nova leitura, como “Amar”, “Lembrete”, “Ausência”, “Toada do amor”, “Declaração de amor” e “O chão é cama”, foram criteriosamente selecionados por Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond, netos do poeta e grandes conhecedores de sua obra. O resultado é uma celebração de beijos, abraços e carinhos – uma festa para o amor, enfim.

TODO BOB CUSPE, de Angeli
Algumas pessoas têm uma resposta para tudo. Tiram do chapéu teorias, ideias e grandes argumentações. Pode até funcionar de vez em quando, mas não contra ele. Ele também tem uma resposta para tudo. A mesma, em todas as ocasiões. E não se conhece ninguém que tenha resistido a ela. Políticos, artistas, socialites, modernetes, publicitários, colunistas de jornal e mauricinhos, todos eles tentaram, todos eles falharam. A resposta vinha de um buraco de esgoto: CUSP. Uma das criações máximas de Angeli, Bob Cuspe foi a grande resposta do cartunista aos excessos dos anos 1980, à hipocrisia reinante da elite cultural e financeira, à vida espalhafatosa e deslumbrada dos yuppies que vicejaram no Brasil após o fim da ditadura. Seu brinco era um grampo, suas roupas não passavam de trapos, a porta de sua casa era um bueiro e suas bandas eram os Ramones, os Ratos de Porão, os Sex Pistols e o The Clash. Seus inimigos estavam por toda parte. Assim como Rê Bordosa, Wood & Stock, Benevides Paixão e Mara Tara, Bob Cuspe fez história na revista Chiclete com Banana, grande marco do quadrinho independente brasileiro. Com tiragens que chegavam a mais de 100 mil exemplares mensais, a Chicletefoi um dos símbolos da redemocratização; se Rê Bordosa apontava mudanças nos costumes e na vida social do paulistano, Bob Cuspe serviu para encapsular a frustração, a raiva, os anseios e a revolta dos desfavorecidos. Todavia, quem espera encontrar aqui militância e proselitismo veio ao lugar errado. A resposta de Angeli está à altura da pergunta: ácida, cruel, sem concessões, uma cusparada na cara de tudo que está aí.
CORRER – O exercício, a cidade e o desafio da maratona, de Drauzio Varella
Drauzio Varella é oncologista, autor de best-sellers, voluntário numa prisão, pesquisador do uso medicinal de espécies amazônicas e ainda celebridade na TV. Mas consegue há mais de vinte anos conciliar esse atribulado dia a dia com a prática regular de exercício físico. Para ele, correr não é só um hobby: é o que lhe dá o equilíbrio para enfrentar os desafios da vida. Em Correr, Drauzio conta como e por que decidiu espantar o sedentarismo; relata o desafio da primeira maratona; nos dá um panorama da história das corridas desde sua suposta origem na Grécia antiga; oferece informações médicas sobre a prática; e, de quebra, nos leva de “carona” num passeio sensível pela alma humana. Leitura indispensável para corredores e futuros corredores.

ÍRISZ: AS ORQUÍDEAS, de Noemi Jaffe
Com a entrada da União Soviética na Hungria, em 1956, Írisz foge de Budapeste, deixando para trás a mãe doente e um passado cheio de lacunas. Quando chega a São Paulo para estudar as orquídeas, essa mulher singular e indecifrável logo encanta Martim, diretor do Jardim Botânico. Agora que Írisz desapareceu, ele terá de preencher seu vazio com os relatórios nada ortodoxos deixados por ela, que transitam entre as particularidades da língua húngara, a crise da utopia comunista, memórias pessoais e algumas observações – bastante inusitadas – sobre as orquídeas. Com o trabalho meticuloso da palavra que lhe é característico, Noemi Jaffe oferece uma trama rica e envolvente, que investiga os limites da ideologia e as agruras do amor.
A ILHA DA INFÂNCIA – Minha luta vol. 3, de Karl Ove Knausgård
Medo da água, medo da escuridão, medo do pastor-alemão dos vizinhos, medo do pai – a infância é uma época aterrorizante. Nas fantasias do menino Karl Ove, os adultos vivem num mundo à parte e têm o poder de deuses, às vezes benevolentes como sua mãe e às vezes tirânicos como seu pai. Como reconstruir as lembranças desse tempo, anterior a toda lembrança? O que há em comum entre o bebê que nossos pais fotografaram e a pessoa que somos hoje? Depois de A morte do pai e Um outro amor, no terceiro volume da série autobiográfica Minha Luta Knausgård investiga, com o estilo direto e arrebatador que lhe é característico, a memória, o universo familiar e a construção da identidade.

QUANDO A MÁSCARA CAI, de Walter Kirn
Walter Kirn conheceu por acaso o homem que se apresentou como Clark Rockefeller, herdeiro de uma das famílias mais poderosas dos Estados Unidos. Era um sujeito esquisito, mas nada que causasse desconfiança. Depois de quinze anos de amizade, porém, o escritor ficou devastado ao descobrir que seu amigo milionário não passava de um farsante, acusado de assassinato, sequestro e outros crimes. Combinando memórias, jornalismo investigativo e análise cultural, este livro tem o brilhantismo literário que encontramos em A sangue frio, de Truman Capote. Kirn expõe as camadas complexas da ilusão e da corrupção, das ambições e do autoengano que estão por trás de um grande impostor.
BRASIL: UMA BIOGRAFIA, de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling
Aliando texto acessível e agradável, vasta documentação original e rica iconografia, Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Starling propõem uma nova (e pouco convencional) história do Brasil. Nessa travessia de mais de quinhentos anos, se debruçam não somente sobre a “grande história” mas também sobre o cotidiano, a expressão artística e a cultura, as minorias, os ciclos econômicos e os conflitos sociais (muitas vezes subvertendo as datas e os eventos consagrados pela tradição). No fundo da cena, mantêm ainda diálogo constante com aqueles autores que, antes delas, se lançaram na difícil empreitada de tentar interpretar ou, pelo menos, entender o Brasil. A história que surge dessas páginas é a de um longo processo de embates e avanços sociais inconclusos, em que a construção falhada da cidadania, a herança contraditória da mestiçagem e a violência aparecem como traços persistentes.

O que acharam dos lançamentos? Não deixem de comentar! Beijos!

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2 comentários:

  1. super bons e que com certeza conseguiu me prender com seus enredos!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  2. Fiquei babando em Declaração de Amor. Adoro demais Drummond. <3
    Brasil: Uma Biografia também me pareceu bem interessante. Com certeza vou ler.

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