Todas as histórias são verdadeiras
Clary Fray é uma adolescente nova iorquina comum, que deseja apenas fazer com que a mãe super protetora lhe dê um pouco mais liberdade e conseguir entrar na boate Pandemônio sem maiores problemas. Ao lado de Simon, seu melhor amigo (que é apaixonado pela garota, coisa que ela não percebe), Clary consegue entrar na boate da moda sem qualquer dificuldade, mas em vez de uma noite de diversão, ela acaba tendo momentos de terror e muita confusão. Clary presencia o assassinato de um dos garotos na boate que, na verdade, não é um garoto e sim um demônio. Os algozes são jovens como elas, cobertos por tatuagens e que apenas ela consegue ver.
Os dias que se seguem são ainda mais recheados de confusão, revelações e temores. A mãe de Clary desaparece, a garota é atacada por um demônio e tudo indica que os dois eventos podem estar interligados. Assim, a menina é jogada em um mundo secreto, estranho e fantástico. É um dos assassinos da boate, o sombrio, sarcástico e sexy Jace, que vem ao encontro da garota e a ajuda. Seus companheiros de batalha e quase irmãos, Alec e Isabelle, também a auxiliam a entender melhor o universo recém-descoberto dos Caçadores de Sombras.
Também chamados de Nephilim, os Caçadores de Sombras são humanos, mas possuem sangue de Anjo correndo nas veias, o que os auxilia na difícil missão de manter o mágico e perigoso Mundo das Sombras (com seus demônios e membros do Submundo – vampiros, lobisomens, fadas, etc.) separado do mundo mundano. Clary agora caminha entre os dois universos e quando tudo começa indicar que, na verdade, ela é Nephilim, mais dúvidas surgem. E a única pessoa capaz de responder todas elas está desaparecida. Temendo pela mãe e também ansiosa para descobrir que outros segredos a mulher guardava, Clary continua sua busca pela progenitora, mas assim acaba, além de mergulhando ainda mais no Mundo das Sombras, esbarrando em uma trama maior. Um poderoso e impiedoso inimigo da Clave, governo dos Caçadores de Sombras, está em busca de vingança e continua sua ascensão maligna. É tempo de descobertas, de aventuras e de desventuras, e, quem sabe, de romance.
Eu li Cidade dos Ossos pela primeira vez há pelo menos mais de quatro anos atrás e gostei bastante. O amor foi maior com os dois volumes seguintes e assim me apaixonei pela série Instrumentos Mortais. Entretanto, com a demora do lançamento dos outros volumes da saga, mesmo amando os personagens, acabei criando birra e me recusando a ler os três últimos volumes de IM – até mesmo depois de ter todos na minha estante. Ler as outras obras de Clare, a série Peças Infernais (minha grande favorita) e O Códex dos Caçadores de Sombras, me fizeram sentir saudade da série que me apresentou ao Mundo das Sombras. Contudo, foram As Crônicas de Bane, que é meu personagem favorito entre todos, que me animaram a deixar de besteira e encarar de novo Os Instrumentos Mortais.
Por já saber a trama, Cidade dos Ossos não me surpreendeu como na primeira vez, apesar de que mais uma vez fiquei admirada com a trama extremamente inteligente, bem bolada e amarrada da autora. Entretanto, o maior mérito de Clare é o mundo rico que ela criou: o Mundo das Sombras. O fantástico universo dos Caçadores de Sombras é extremamente amplo, coisa que fica mais perceptível nos outros volumes, é verdade. Mas Clare conseguiu criar quase que uma mitologia própria e, além disso, ela consegue nos sugar para dentro do universo que criou.
Cidade dos Ossos é muito cativante, apesar de que, nessa segunda leitura, soou um pouco imaturo. É impossível não comparar Os Instrumentos Mortais com As Peças Infernais e perceber o quanto Clare cresceu como escritora. Tanto sua escrita, quanto seus personagens e sua trama ficaram mais ricos e mais bem elaborados. Em alguns momentos, Cidade dos Ossos me pareceu até um pouco infantil, especialmente os personagens, com comportamentos imaturos ou fora de hora diante a situação que se encontravam. Outra coisa que continua me desagradando são as descrições extensas, principalmente nas cenas de batalhas, que, pelo menos para mim, deixa a leitura cansativa.
Em compensação, os personagens são puro amor! Eu adoro a Clary e gostei mais dela nessa segunda leitura do que na primeira. Adorei sua dedicação na busca pela mãe e sua coragem em enfrentar o desconhecido. É impossível não se apaixonar pelo misterioso e sexy Jace, apesar de que o personagem soou um pouco irritante e infantil nessa leitura. Ficou mais óbvio dessa vez que todo o sarcasmo e arrogância dele é apenas um modo de esconder seu verdadeiro eu: um garoto triste e machucado. Apesar de ainda gostar bastante do Jace, ele foi o que menos gostei. Meu segundo favorito, depois de Clary, foi Simon, que é o personagem mais convincente de Cidade dos Ossos, talvez por ser o único que não tenta esconder o que é ou parecer ser outras pessoa. Ele é divertido e fiel a amiga, por isso, mesmo sabendo que não iria acontecer, torci para que a Clary correspondesse os sentimentos dele. É uma pena que Magnus, Alec e Isabelle, que também gosto bastante, tenham aparecido bem pouco nesse primeiro volume.
Cidade dos Ossos não nega seu caráter de romance sobrenatural adolescente, o que de maneira alguma tira o mérito ou a riqueza da obra. Esse primeiro volume é um bom primeiro volume, introduz muito bem a trama e os personagens e me deixou bastante ansiosa pelo o que veem a seguir.
Título: Cidade dos Ossos
Título original: City of Bones
Série: Os Instrumentos Mortais
Volume: 1
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501087140
Ano: 2011
Páginas: 459
Classificação: 4/5 [muito bom
Leia também:
- Cidade das Cinzas - Os Instrumentos Mortais - Vol. 2
- Cidade de Vidro - Os Instrumentos Mortais - Vol. 3
- Anjo Mecânico - Série As Peças Infernais - Vol. 1
- Príncipe Mecânico - Série As Peças Infernais - Vol. 2
- Princesa Mecânica - Série As Peças Infernais - Vol. 3
- O Códex dos Caçadores de Sombras - Cassandra Clare & Joshua Lewis
- As Crônicas de Bane - Cassandra Clare, Maureen Johnson e Sarah Rees Brennan
- (Releitura) Cidade das Cinzas - Os Instrumentos Mortais - Vol. 2
- (Releitura) Cidade de Vidro - Os Instrumentos Mortais - Vol. 3
Olá, Ana.
ResponderExcluirEu gosto bastante dessa série; é uma das minhas favoritas, aliás. Contudo, não consigo gostar muito da Clary, ela é adepta de mimimi demais. Por outro lado, assim como você citou, também gosto bastante do Simon e para mim ele é o melhor dos personagens.
Excelente resenha.
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nossa, acho que eu sou a unica pessoa neste mundo que leu e detestou este livro ;x
ResponderExcluiraté hoje leio resenhas de gente super elogiando ele mas não consigo intender hahahaha
=/
eu também não gostei, e detesto especialmente as peças infernais.
ExcluirAna!
ResponderExcluirAh! Como gostaria de conhecer O Mundo das Sombras.
Venho desejando tanto essa série que abri um cofrinho para juntar o $ e poder comprar a série toda de uma só vez.
A Cassadra Claire arrasa!!
E lá vem o final de semana...que seja carregadinho de muita tranqüilidade!
Cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Acho que sou a unica pessoa que nunca leu nada da autora! Quando tive tempo para ler os primeiros capitulos do livro achei a Claire chatinha e irritante e entao abandonei o livro.
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