Título: The 100Subtítulo: Os EscolhidosTítulo original: The 100Série: The 100Volume: 1Autora: Kass MorganEditora: Galera RecordISBN: 978-85-0140-059-8Ano: 2014Páginas: 288Classificação: 4/5 [muito bom]Sinopse: Desde a terrível guerra nuclear que assolou a Terra, a humanidade passou a viver em espaçonaves a milhares de quilômetros de seu planeta natal. Mas com uma população em crescimento e recursos se tornando escassos, governantes sabem que devem encontrar uma solução. Cem delinquentes juvenis — considerados gastos inúteis para a sociedade restrita — serão mandados em uma missão extremamente perigosa: recolonizar a Terra. Essa poderá ser a segunda chance da vida deles... ou uma missão suicida.
Com a Terra se transformando em um caldeirão nuclear, a humanidade decide abandonar seu planeta natal e faz do espaço sua nova morada. Em aeronaves gigantes eles recriam, na medida do possível, a vida que tinham aqui, inclusive a sociedade recheada de problemas e desigualdade social, assim como o governo rígido e impiedoso, onde a morte é a condenação para muitos criminosos. E são justamente jovens transgressores da lei que são escolhidos para uma missão que pode mudar o futuro da humanidade sobrevivente assim como matá-los.
Cem delinquentes juvenis, a espera da chegada de seus dezoito anos – data em que seus casos seriam revistos e, provavelmente, seriam condenados a morte – são tirados da prisão e colocados em um módulo de transporte em direção a Terra. A sobrevivência ou não desses cem garotos e garotas determinará se a Terra está novamente habitável ou se os níveis de radiação ainda são mortais.
“A porta se abriu, e Clarke soube que era hora de morrer.” Pág. 7
Clarke é uma garota gentil e altruísta, mas assombrada pela morte injusta dos pais. Um dia Clarke fora filha de cientistas prestigiados, integrante do grupo de pessoas privilegiadas e futura médica, além de uma menina apaixonada, o que foi justamente a sua condenação. Clarke confiou na pessoa errada e, como seus pais, agora está pagando o preço. Wells um dia fora um garoto inocente, que confiava cegamente no sistema e no pai, o Chanceler, maior autoridade da sociedade humana. Ele também fora um garoto amargo, marcado pela morte da mãe e salvado da tristeza pela garota que mais ama no mundo. Mas mesmo tendo agora apenas o ódio de Clarke, Wells arrisca tudo para ser condenado e estar ao lado dela quando os cem forem enviados a Terra.
“Por um breve momento, Glass desejou ter permanecido no módulo de transporte com Clarke e Wells. Apesar de estar parada ao lado do rapaz que amava, não conseguia se imaginar sentindo mais solidão na Terra abandonada do que nesse momento.” Pág. 42
Também é o amor que move Bellamy e Glass. Ele é um garoto pobre que, apesar dos pequenos delitos que comete, nunca fora pego ou condenado. Mas o mesmo não acontecera a sua irmã Octavia que, ao roubar comida para alimentar outras crianças famintas, acabou conseguindo uma passagem só de ida para a cadeia. Bellamy assim bola um plano insano e consegue, após cometer vários crimes e atirar no Chanceler, embarcar na nave dos Cem e acompanhar sua irmãzinha a Terra. A confusão causada por Bellamy permite a Glass escapar da nave e tentar encontrar, pelo mesmo uma última vez, o rapaz que ama e que não vê há mais de um ano.
"Os humanos tinham abandonado a Terra em seu momento mais sombrio; ela não se importaria com quantos morreriam tentando retornar." Pág. 55
Os Cem assim chegam a Terra e já com baixas, alguns poucos morrem no pouso e muitos ficam feridos no processo. Logo eles percebem que a comida que separaram para eles é escassa e, apesar da radiação não os ter matado – pelo menos não ainda – nada indica que outros fatores não os farão. Entretanto, o maior perigo para os Cem são eles mesmos. A natureza selvagem que os cercam parece trazer novamente a tona extintos primitivos que, bem, nunca realmente abandonaram a humanidade. Uma disputa por poder pode colocar a vida de todos em risco, mas há aqueles que simplesmente não se importam com os outros. A vinda para a Terra deu-lhes o inimaginável: a liberdade que jamais teriam na nave. E alguns se aproveitarão, e muito, do livre-arbítrio recém-adquirido.
Felizmente, a necessidade fala mais alto e os Cem conseguem estabelecer um modo de vida próprio que garante a sobrevivência de todos. Entretanto, mesmo que comecem a se acostumar com a nova realidade, a tensão entre os jovens não diminui e todos sabemos que nem as menores das sociedades conseguem viver sem um líder. E há muitos dos Cem que estão sedentos para possuir a liderança. No espaço, tudo é igualmente complicado. Se na Terra uma explosão de conflitos está perto de acontecer, as naves também sofrem com a luta por poder e pela sobrevivência. O tempo dos que ficaram no espaço parece contado, mas daqueles que vieram a Terra também. Apesar dos desafios, à volta para a Terra natal foi o melhor que aconteceu aos Cem. Mas será que eles são os únicos em casa?
Conheci The 100 – Os Escolhidos através da série de TV, que, felizmente, deixei para assistir depois da leitura. Eu tinha boas expectativas para ambos e, apesar dos dois terem sido bem diferentes do que eu esperava, acabei gostando do livro e odiando a série. Desisti da adaptação no primeiro episódio, que é muito diferente da obra na qual foi inspirada. O livro The 100 não cumpriu inteiramente minhas expectativas, mas conseguiu me surpreender, conquistar e ser uma boa leitura.
O início é um pouco lento, mas logo o livro pega no ritmo certo e prende o leitor. Esperava um pouco mais de ação na história, mas fiquei bem satisfeita com os rumos que a autora deu para a trama. Algo muito legal em The 100 é que é uma distopia extremamente realista. Tanto a Guerra Nuclear que quase destruiu a Terra quanto a vida no espaço são situações muito possíveis de acontecer em um futuro não tão próximo assim. A escrita da autora foi uma das poucas coisas que me conquistou desde a primeira página: fluída e objetiva, mas muito descritiva nos momentos certos, a narrativa em terceira pessoa é muito boa. Algo que me encantou foi como, ao longo do livro, Morgan vai inserindo pequenos fragmentos de lembranças dos personagens de modo que, assim, o leitor vai aos poucos descobrindo cada um deles. Essas lembranças fragmentadas movimentam a história e surpreendem o leitor, já que elas podem mudar completamente a nossa visão de tal personagem ou da trama de uma forma geral.
Os personagens também foram muito bem construídos, cada um com personalidade própria e papel na história. Todos são complexos e nenhum deles é completamente inocente. Gostei muito dessa dualidade dos personagens, nenhum deles é o que aparenta ser e é impossível definir heróis e vilões, como acontece na vida real. Os protagonistas – Clarke, Wells, Bellamy e Glass - também são assim, o leitor não sabe se pode, e se quer, confiar neles, não sabe se deve ou não torcer por eles. Mas, no fim, é impossível não se apegar a eles e esperar que encontrem o melhor. Minha favorita foi Clarke, a única entre eles que não era movida exclusivamente por amor. Como Wells, Bellamy e Glass, Clarke também se sacrificou em nome da afeição e lealdade que tinha por alguém, mas como isso não deu muito certo, ela acabou escolhendo outro caminho. A Clarke na Terra é muito mais benevolente e, diferente dos outros, não preocupa só com si mesma, mas com os Cem ao seu redor e com a humanidade no Espaço. Ela realmente se importa que eles sobrevivam para que os outros saibam que também podem voltar para a Terra natal. Nesse sentido, Wells já é um pouco forçado. Ele também ajuda os outros, mas verdadeiramente se importa apenas com a Clarke.
Quanto a edição, não tenho nenhuma reclamação. A tradução e diagramação, apesar de simples, estavam perfeitas. O tipo e tamanho das letras também estavam bons. As páginas amareladas ajudam a deixar a leitura mais rápida. Fiquei feliz que a editora não tentou uma tradução – possivelmente ridícula ou sem noção – e conservou o título “The 100”, acrescentando apenas o subtítulo “Os Escolhidos”. Também adorei que a capa original tenha sido mantida – odiaria ter uma capa com o pôster da série, que, como já disse, não me conquistou. Eu sou muito apaixonada pela capa, que é aparentemente simples, mas na verdade, muito elaborada. Os desenhos que preenchem as letras do título são muito legais e combinam perfeitamente com a obra.
Outras capas que o livro ganhou mundo afora. Essa roxinha é bem legal.
The 100 é uma ótima distopia e traz ao mesmo tempo uma história de alerta sobre como podemos acabar com o nosso planeta, mas também uma história de redenção, já que, como a Natureza nos ensina com a sua capacidade de superação, sempre é possível recomeçar. Recomendo o livro para todos que gostam do gênero, mas que não esperam somente uma história chata de um mundo recheado de destruição e opressão, e que querem algo que, mas do que uma lição, tragam uma história bonita de superação, de união, amizade e, claro, amor.
“Ele entornou o pescoço e olhou para o céu, seus olhos absorvendo nada além de um vazio em todas as direções. Não importavam onde eles estavam. Qualquer lugar nesse planeta seria infinitamente melhor do que o mundo que eles tinham deixado para trás. Pela primeira vez em sua vida, estava livre.” Pág. 76
*Esse livro foi uma cortesia da Editora Galera Record
não tenho curiosidade em ler o livro, já que ele não é muito o meu estilo de leitura
ResponderExcluirapesar de ver muita gente criticando a série e falando que o livro é muito melhor (o que acontece na maioria das vezes né...) não pretendo ler ele...
acho que vou preferir a série, e quem sabe, se eu gostar, depois eu dou uma chance ao livro :P
a série é tão diferente assim do livro? :O
bom, não sei se isso é bom ou ruim... hahaaha
todas as capas são lindas, mas achei a brasileira e a espanhola (?) as mais bonitas entre as outars...
É muito diferente mesmo. Tem coisa que vemos apenas na última página do livro e que está no primeiro episódio da série. Eles acrescentaram muita coisa, o que deixou a série com mais ação, mas que, particularmente não me agradou.
ExcluirBjs
esse lance deles utilizarem o livre-arbítrio até demais, de voltarem à selvageria e talz me lembrou um pouco O senhor das moscas...
ResponderExcluirParece ser uma leitura eletrizante... indicação anotada :D
bjs, Ana ^^
http://torporniilista.blogspot.com.br/
Sci-fi não é o meu forte, mas se você disse ter algo realista como pano de fundo, então eu daria uma chance. Até porque parece uma história boa, com bons personagens.
ResponderExcluirMas, a série passo longe também hehehe
Oi , por mts resenhas que eu li , nao sinto nenhum interesse em ler esse livro , ele nao faz o meu tipo ! e livros aassim me deixam um pouco abatida com a cabeça no ar ! nao pretendo ler !
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirPrimeira resenha que vejo desse livro, e me encantei logo pela sinopse. Nunca li nenhum livro parecido com esse, o enredo é muito original e diferente, me interessei bastante! Ultimamente estou meio que alucinada por distopias(hahahaha), esse livro já vai pra minha lista! Amei a resenha!
Beijos!
Desistiu no primeiro episódio =O dá mais uma oportunidade, estou adorando a série
ResponderExcluirVi algumas pessoas dizendo que é diferente da série, e acabaram se decepcionando com o livro. Uma coisa em comum que vejo em toda resenha desse livro é o ritmo lento. Não muitas pessoas que amaram o livro e isso me desanima, não sei se vou querer ler ele.
Oiee
ResponderExcluirDepois que li sua resenha fiquei imaginando como seria botar todos os presos das cadeias aqui do Brasil e mandar pra Lua ou pra Marte kkk
Fiquei sabendo a pouco tempo que "The 100" era um livro,sempre achei que fosse apenas uma série,da qual eu nunca assisti.Adorei a história,distopias conseguem me prender de uma maneira imaginável,será que vai ter uma continuação?eu espero que sim.
Foi muito bom mesmo eles manterem o nome original e não "Os cem" haha.
beijos
Este comentário foi removido pelo autor.
Excluirkkkkkkkk agora fiquei imaginando nossos criminosos em outro planeta! Só ia dar confusão, mas do jeito que brasileiro é, ia dar um "jeitinho" em tudo! rs
ExcluirAté onde sei o livro tem continuação sim!
Bjs
Quero muito ler esse livro, tem um enredo maravilhoso, e essa capa é linda demais, ♥♥♥♥
ResponderExcluirÉ um ótimo livro para ler em uma tarde.Essa capa é maravilhosa
ResponderExcluirhttp://www.vicioemlivros.com
Oi Ana, eu assisto a série e estou louca para ler o livro, mesmo sendo bem diferentes de acordo com sua resenha, e é mesmo, já que o livro tem personagens que a série não tem (por exemplo a Glass).
ResponderExcluirEntão, como eu não li o livro ainda, não tenho o que falar da série, que por sinal eu amo demais e está entre as minhas favoritas, que pena que você largou logo no episódio pilot, a série é tão boa, mas enfim né, rs
Eu adoro a capa, mesmo sendo simples também, e essa capa roxinha que o livro ganhou em outras edições mundo afora é linda demais também.
Sabe Ana, a 1ª vez que vi o livro, fiquei meio desconfiada, sem meio entender, depois de ler alguns resenhas de fato entendi meu estranhamento e acabei me apaixonando por ele e logo o coloquei em minha listinha, mas como tem mais livros para ser lançado, só vou lê-lo depois que estiver completo, detesto ter que ficar esperando, gosto de começar e logo dar sequência, assim também farei com a série.
ResponderExcluirBjsss
Gosto muito de distopia, o livro parece ser ótimo, estou bastante interessada em ler!
ResponderExcluirOi Ana, tudo bom??? a primeira vez que vi algo dessa série foi quando vi o seriado e me apaixonei,quando soube que era baseado em livros, fiquei imensamente feliz. Imagine minha alegria em ver que a Galera lançou o primeiro livro The 100 aqui...e agora vendo sua resenha, ficou encantada em saber que a trama é melhor do que imaginava..eu adoro distopias e este livro tem tudo pra se tornar um dos meus favoritos..Sua resenha ficou excelente..parabéns...bjs
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