Título: Al-Aisha e os Esquecidos
Autor: Marcel Colombo
Série: Quadrilogia Al-Aisha
Volume: 1
Editora: Novo Século
Selo: Novos Talentos da Literatura Brasileira
ISBN: 978-85-7679-724-1
Ano: 2012
Páginas: 432
Classificação: 3/5 [bom]
Sinopse: Como num sopro de dragão, um fantasma surge em seu quarto, surgindo no lugar que você jurava ser o local perfeito e seguro. Mas essa aparição é apenas o começo de longos acontecimentos estranhos que estão por vir. Será que você sobreviveria à queda de uma estranha bola de fogo, que poderia destruir, quase que por completo, a sua cidade? Estaria pronto para descobrir o que existe dentro da destruição e da fumaça que se forma, indo muito além da imaginação de seu mundo? O seu mundo está para se colidir com um outro, e isso poderá mudar tudo… Até mesmo o seu destino. Tudo poderá acontecer e, de uma forma ou de outra, sua vida irá mudar para sempre, não importa onde e nem como. Siga as ordens de um coelho ranzinza, ajude o seu misterioso amigo, perdoe quem você jamais perdoaria, ame de verdade e deixe que eu seja a sua guia nessa jornada. Eu me chamo Al-Aisha e irei te guiar. Mas, antes, preciso saber: Você está pronto para ser esquecido?
Você está pronto para ser esquecido?
Al-Aisha não é uma Deusa ou mesmo uma humana, ela é uma entidade do mundo Alzirivar. Seu trabalho é vigiar e aconselhar os deuses. Al-Aisha consegue ver tudo o que acontece em todo o universo, até mesmo aqui na Terra, local onde começa a história que ela nos conta.
“Foi quando as luas ShAi e MaHai estavam alinhadas e cheias, ou como o tempo é marcado em seu mundo, em 1º de outubro de 1998.” Pág. 11
Lucas está prestes a completar cinco anos. Na véspera de seu aniversário, a ansiedade não o deixa dormir e, durante a madrugada, ele vê um fantasma em seu banheiro. O episódio aterroriza o garoto, que acaba sendo acalmado por seu coelhinho de pelúcia, o Sr. Fofinho. No dia seguinte, o garoto é desacreditado pelos pais, que afirmam que não há fantasmas no banheiro do garoto e que seu coelho não fala. Entretanto, Lucas encontra o apoio dos amigos Pedro e Henrique. Pedro, que tem uma conexão maior com Lucas, é um garoto estranho e distraído, que está sempre com o olhar perdido no mesmo ponto do céu. Drinho, como é chamado pelos mais íntimos, afirma ver sempre uma mulher de cabelos engraçados, que o assustou na noite anterior, a mesma em que Lucas viu o fantasma.
Ao tentar retirar a pipa com que presenteara Lucas de cima de uma árvore, Drinho acaba caindo e se ferindo seriamente. O garoto é levado para o hospital pela sua mãe, Lucas e a mãe dele também o acompanham. Lá, o garoto é tratado pelo pai de Lucas, que é médico. Entretanto, algo inacreditável acontece. O grande corte que Pedro sofrera simplesmente desapareceu, apesar de que todos viram o ferimento. Passado o susto, tudo parece que vai ficar bem, mas aquele dia ainda estava longe de acabar. Um sequestrador de crianças, que vinha aterrorizando a cidade, aparece no hospital e está prestes a sequestrar Pedro, quando é impedido por uma enfermeira. Após lutar, ferir mais pessoas e até mesmo esbarrar com Lucas, o sequestrador foge e, antes de ser pego pela polícia, misteriosamente desaparece. Para completar, o pai de Pedro falece naquele mesmo dia.
“Lucas aproximou-se de Sr. Fofinho e ajoelhou-se ao lado dele. O coelho olhou fundo nos olhos de Lucas, segurou-o firme pela mão e somente disse:
- Se esse for o meu fim... vença sem mim a guerra que nunca foi vencida... esgariarth.
E o quarto de Lucas ficou vazio. Tudo estava lá, ainda estava, mas ele e o Sr. Fofinho tinham sumido.” Pág. 306
Alguns anos se passam, apesar de que o dia do aniversário de cinco anos de Lucas jamais foi esquecido. Agora com doze anos, o garoto sofre para dormir, já que é aterrorizado por pesadelos sempre que fecha os olhos. Lucas está cada vez mais perto de acreditar que o Sr. Fofinho não é apenas um brinquedo, o que faz com que os seus pais o mandem regularmente para a terapia. Entretanto, um dia, que mais tarde é chamado de Dia do Caos, tudo muda. Lucas finalmente tem a confirmação de que seu coelho realmente fala e a sua cidade é atingida por uma misteriosa bola verde em chamas, que causa muita destruição. Mas os acontecimentos estranhos não param por aí. O destino de Lucas, Pedro e Henrique já está traçado e marcado por muitos mistérios e aventuras. Ao lado do Sr. Fofinho e Natália, que os amigos conhecem no Dia do Caos, e sendo observados por Al-Aisha , esses três jovens serão de grande importância em uma guerra que pode mudar completamente o destino da humanidade e colocá-la até mesmo no esquecimento.
“Sr. Fofinho caiu no chão de joelhos e gritou algo que Lucas não compreendeu, mas eu escutei e entendi.- Maska kila visla.O que para sua língua seria:- É o começo do fim.” Pág. 150
Comecei com “Al-Aisha e os Esquecidos”, primeiro volume da quadrilogia “Al-Aisha”, com boas expectativas que, infelizmente, não foram completamente preenchidas. Apesar de ter gostado muito da ideia de Al-Aisha - personagem que não é protagonista, mas que tem seu espaço na trama – ser a narradora, a narração em primeira pessoa de Colombo é bem escrita, mas extremamente detalhista e, em muitos momentos, redundante, o que a torna cansativa e pouco cativante. O livro começa de forma muito lenta, com informações demais para absorver. O leitor não sabe direito o que está acontecendo e não tem ideia do que vai acontecer, o que, em vez de ser surpreendente, acabou deixando o início da história cansativa. As duzentas primeiras páginas do livro são dolorosas e arrastadas, tudo é muito confuso e como o conflito principal do livro não é claro, o leitor não se sente motivado a continuar adiante. “Al-Aisha e os Esquecidos” só começou a me conquistar em sua terceira parte, quando tudo começa a fazer um pouco de sentido. Entretanto, as 250 páginas que já tinham passado me fadigaram a tal ponto que simplesmente não consegui aproveitar direito às páginas seguintes, minha vontade era apenas de terminar o livro.
A quarta e última parte da obra é definitivamente a melhor e foi o que salvou a leitura. Os mistérios começam a ser revelados, assim como o lugar de cada personagem na história. A trama finalmente faz sentido e percebemos como acontecimentos aparentemente bobos do início são importantes. O final foi simplesmente de cair o queixo, mas não conseguiu apagar o sentimento de cansaço que dominou grande parte da leitura. A trama é muito bem amarrada e complexa, mas sinto que, se o autor tivesse sido mais sucinto e objetivo no início e menos detalhista na narração, a leitura seria mais agradável e cativante. Um ponto positivo do livro são os habitantes e mistérios de Alzirivar. O mundo de magia e características bem particulares me chamou muita atenção nesse livro, apesar de que ele é apenas citado, e espero ver mais sobre ele no próximo volume da série.
Diferente da trama, os personagens me conquistaram imediatamente. Todos têm personalidade própria e papel na história. Lucas me conquistou com sua coragem e lealdade, assim como imensa curiosidade. Já Pedro me chamou atenção por seu jeitinho fofo - quase que ingênuo -, distraído e peculiar. Henrique me dividiu bastante e não sei ainda se devo gostar ou odiar o garoto, já que não ficou claro se ele é mesmo um vilão ou apenas alguém que foi enganado e se deixou levar pelos próprios sentimentos. Natália não me chamou muita atenção. A única garota da turma, ela é um pouco clichê com sua personalidade forte e teimosa, mas comportamento de “princesa que sempre precisa ser salva”. O Sr. Fofinho foi definitivamente meu personagem favorito. O coelho de pelúcia falante, nem um pouco gentil e que gosta de charutos, me conquistou com seu jeito sabichão, mandão e irônico, mas ao mesmo tempo zeloso. As respostas mal-humoradas, xingamentos e ameaças criativas do Sr. Fofinho dão ao livro seus poucos momentos de descontração. Al-Aisha foi a minha segunda favorita. Nossa narradora, apesar de ser apenas uma observadora da história, é cativante e cercada de mistérios. Gostaria de vê-la mais ativa no próximo livro, influenciando na história que conta.
Quanto a edição, não há reclamações. A diagramação simples do livro está perfeita, não encontrei nenhum erro. O tipo e tamanho da fonte estão bons, mas, assim como as páginas amareladas, eles não conseguiram deixar a leitura mais rápida. Gosto da capa, ela é bem não-convencional e combina perfeitamente com a trama.
“Al-Aisha e os Esquecidos” não foi tudo o que eu esperava, mas no geral, foi uma boa leitura, embora muito fatigante. Fiquei bastante curiosa para conhecer o desfecho da história, só espero que o autor seja mais objetivo nos próximos livros. Recomendo a obra para aqueles que gostam de uma trama bem amarrada e com toques de mistério e magia, mas que não se importam com uma leitura lenta e cansativa.
“E a perfeição se foi. Deixada do lado de fora assim que fechou a janela, impedindo-a de entrar, de novamente poder tocar o corpo de Lucas, a realidade caiu pesada sobre ele; e a resposta para o jovem Lucas saiu por sua boca, como um grito de dor.- Essa guerra é a destruição de nosso mundo.” Pág. 400
Que trama mais doida! Achei angustiante o início, coitados desses garotos! Rs.
ResponderExcluirO Sr. Fofinho me lembrou o ursinho Ted, rs.
Oi Ana!
ResponderExcluirAchei a sinopse um pouco confusa e não sei se leria, mas quem sabe não mudo de ideia?
Beijos
http://sobrelivrosesonhos.blogspot.com.br/
Fiquei meia indecisa agora, não sei se pretendo ler em breve o livro, talvez em outro momento.
ResponderExcluiradoro magia e mistério mas leitura cansativa não dá né?
ai, até que a sinopse me despertou interesse, mas por ser cansativo, eu não leria... gosto de leituras que desde o primeiro cap. me deixem curiosa e ansiosa por ler os seguintes. Quando pego livros que começam arrastados, geralmente não curto a leitura...
ResponderExcluirbjs
http://torporniilista.blogspot.com.br/
Gostei da sinopse, mas se o livro for arrastado e cansativo nem vale a pena tentar ler :v
ResponderExcluirE-mail: juliamariamoraes2013@gmail.com
Nome de seguidor: Julia Moraes
Eu não conhecia o livro,e apesar de gostar de livros de magia, sua historia não me chamou a atenção e houve alguns ponto de sua resenha, que me fizeram não me animar pela leitura, principalmente de saber que haverá continuação. Mas assim que puder espero poder ler outras resenhas sobre o livro e me animar mais pela historia!!
ResponderExcluirBeijos
Nunca tinha ouvido falar sobre este, e confesso que não me interessei. A sinopse dele não chamou a minha atenção, faltou algo mais.
ResponderExcluirAchei a capa do livro estranha. A mão da mulher é de uma cor e o rosto é de outra. Desde a sinopse, não me chamou muito a atenção, para falar a verdade. A sua nota me desanimou mais ainda. Acho que não leria.
ResponderExcluirM&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista