7.10.13

Entrevista: Leonardo Barros

Oi amores! Como estão?

         É com muita felicidade que hoje trago para vocês uma entrevista que o nosso parceiro Leonardo Barros gentilmente concedeu para o blog! Para quem não se lembra, o Leo é autor de "Presságio – O assassinato da Freira Nua" (resenhado aqui) e de mais outros quatro livros! Confiram a entrevista:

1. De onde surgiu a ideia da trama de "Presságio"? A de uma mulher presenciar, de forma paranormal, um assassinato e, a partir daí, "caçar" o assassino? Alguma outra obra serviu de inspiração para essa? 

         Histórias nada mais são que fatos que incidem sobre a vida de um personagem. A criação do enredo de “Presságio – O assassinato da Freira Nua” começou pela concepção da personagem Alice. Imaginei uma garota que tivesse visões em momentos inconvenientes e inesperados, e comecei a pensar em como isso poderia atrapalhar sua vida. A partir daí, tinha uma personagem e um conflito. Dois pilares essenciais à criação de um romance. O resto foi puro trabalho. Elaborei melhor a personagem e comecei a trabalhar nos resumos. 

2. O dom de Alice, protagonista de "Presságio", se manifesta de maneira bem peculiar: durante um orgasmo. De onde surgiu essa ideia? Foi algo espontâneo ou previamente planejado? 

         Costumo dizer que “mais importante que ter boas ideias é saber reconhecer quando elas aparecem”. A ideia de uma protagonista que tem visões durante o orgasmo aconteceu de forma espontânea, durante uma conversa com a namorada. Ela riu, eu também, mas uma espécie de “faro de escritor” me repetia, todos os dias, que a ideia poderia ser usada de forma dramática. Não consegui fugir da Alice! 

3. "Presságio", assim como seus outros livros, se passam no Brasil e tanto personagens quanto tramas não negam sua origem "verde e amarela", na verdade, até as reforçam! Você acha importante que obras brasileiras tragam esse caráter nacional? Isso ajuda a valorizar ou mesmo desvalorizar uma obra diante o mercado editorial? 

         Olha, não acho que a ambientação deva ser decidida antes de a história existir. Para mim, os personagens são soberanos, e são eles que demandam de uma nacionalidade. Ambientar as histórias no Brasil deve ser sempre a primeira opção do autor, não uma obrigação nacionalista. O que acontece é que, por ser brasileiro, me sinto mais à vontade para tecer tramas em meu país. E acredito que isso aconteça com autores de outras nacionalidades. Alguns editores têm dado preferência a histórias com cenário brasileiro. Isso deve ser considerado. No entanto, reforçando a ideia de que “o personagem exige seu cenário”, escrevi um suspense fantástico ambientado em outro país e num passado distante, mas ainda não é tempo de falar da nova obra... Em breve! 

4. Que conselhos que você daria para aspirantes a escritores, principalmente aqueles que pretendem levar a profissão como carreira? 

         Primeiramente, leia! Não apenas o gênero que pretende escrever, mas leia de tudo, sempre observando as obras sob o prisma da crítica literária. Estude! Há inúmeros livros que ensinam a estruturar um romance. Livros de roteiro também podem ser estudados e usados analogicamente. Gosto deles. São concisos e sempre alertam às formas de usar as palavras para criar imagens na mente do leitor. Tenha um plano B. Pode ser cansativo para o escritor ter outra profissão, mas a segurança e o conforto de ter as contas pagas, desde o início, deixam a mente do artista livre de interferências e mais apta a criar. Caso a intenção seja viver da escrita, cogite dar aula, traduzir textos ou editar obras de outros escritores. Além de escritor, sou médico, e hoje divido meu tempo entre as duas profissões. Tem dado certo. 

5. Você se identifica com algum personagem de seus livros? E de outras obras? 

         Fica difícil não deixar opiniões e sentimentos pessoais impregnarem alguns personagens, em determinados momentos. Mais que “se ver” no personagem, o autor costuma “deixar que o personagem fale por ele”. Mas confesso que isso acontece menos do que se imagina. O bom escritor vê o mundo através dos olhos e se expressa pela voz dos seus personagens. Concordado com eles ou não. 

6. Seu mais novo livro (o qual estamos ansiosos por mais informações) é um suspense fantástico. Como foi escrever uma história com caráter sobrenatural, que conta com vampiros e lobisomens? 

         Apesar de o subgênero do novo livro ser um pouco diferente do PRESSÁGIO e de O MANÍACO DO CIRCO, meus livros mais conhecidos, a nova obra vai atender à expectativa dos leitores antigos. A narrativa tipo thriller, minha marca registrada, continua presente, e os leitores beta afirmam que ficaram presos ao livro, da primeira à última página. O suspense continua presente, e o componente fantástico, que apareceu, em pequenas doses, nos livros anteriores, ganha mais peso e importância. Confesso que me deixar levar pela fantasia foi uma bênção. Nunca antes me diverti tanto escrevendo. 

7. Dois de seus livros - "Presságio" e "O Maníaco do Circo" - são suspenses policias e seu novo livro é um suspense fantástico. O que te agrada tanto na narrativa de suspense que o faz querer escrever histórias assim? 

         O ser humano é movido pela curiosidade. Eu não sou diferente dos meus leitores e, desde cedo, sentia prazer na tensão criada por algumas histórias. Acho que “querer saber o que vem a seguir” é o combustível que move a leitura. 

8. Após experimentar escrever suspenses e comédias, você tem vontade ou mesmo curiosidade de escrever outros tipos? Como histórias de amor, aventura, ficção científica ou mesmo terror? Particularmente, acho que você arrasaria nesse último! ;D 

         Optei pelo suspense por ser o gênero que melhor combina com minha forma de escrever e pelo grande prazer que tenho em criar esse tipo de história. Apesar de me considerar um experimentalista, cheguei à conclusão de que uma das prioridades do escritor deve ser o compromisso que ele tem com o leitor. Por isso decidi manter uma tônica central de suspense nas próximas obras. No entanto, penso que aquele que não se reinventa está fadado ao esquecimento, por isso me permito experimentar um pouco quanto aos elementos que orbitam em redor do suspense, como a fantasia, a trama policial ou a sensualidade. Tem dado certo. 

9. Fale um pouco mais sobre você! O que mais te inspira na hora de escrever? E o que gosta de fazer quando não está escrevendo? 

         Creio que inspiração vem do prazer, da alegria e da contemplação. Como disse antes, mais importante que criar é saber reconhecer boas ideias, que podem surgir num bate-papo com amigos, durante momentos íntimos, em sonhos, no ócio, na praia ou no mesmo tomando um sorvete no shopping. Quando não estou escrevendo, divulgando minhas obras, ou trabalhando como médico, gosto de ler, namorar e assistir a filmes e seriados. Sempre que posso, vou a cafeterias com amigos e tomo um bom café, atento às boas ideias que podem surgir de uma conversa. 

10. Agradeço imensamente pela entrevista e, mais uma vez, pela oportunidade de ler o seu livro. Peço que deixe uma mensagem final para os leitores. 

         Eu que tenho a agradecer à Ana Luiza e aos leitores do MADEMOISELLE LOVE BOOKS pela oportunidade de divulgar meu trabalho.Gostaria de agradecer também a todos os leitores que têm me enviado comentários a respeito do PRESSÁGIO. Fico muito feliz também pelo interesse que tenho visto na nova publicação (estou morrendo de vontade de contar mais). A todos um forte abraço!


         Muito legal a entrevista, não? Eu amei! Novamente, agradeço imensamente ao Leonardo pela oportunidade! Você é um fofo! E estou muito ansiosa pelo seu novo livro, tenho certeza de que ele será um sucesso!
         Não deixem de comentar o que acharam, amores!

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11 comentários:

  1. Olá Ana Luiza!! Tudo bem??
    Parabéns pela entrevista, oportunidade maravilha tanto para o escritor como para os leitores que acabam descobrindo mais sobre os autores dos livros =)
    Já tinha adorado a resenha do livro e já tinha me interessado e espero poder adquiri-lo logo!!

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  2. Que ótima entrevista!
    Nunca li o livro dele, mas fiquei bastante curiosa...
    Adorei as perguntas e as respostas! É ótimo me sentir assim, meio que próxima do autor, rs.
    Beijos,

    Ana M.
    http://addictiononbooks.blogspot.com.br/

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  3. Muito legal a entrevista :D Não conhecia o autor e foi bom conhecer :D

    Beijo

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  4. Eu já tive o prazer de ler um dos livros do autor (Presságio) e adorei, gostaria de poder ler o primeiro.
    O autor é super gente fina né.

    Beijo, Van - Blog do Balaio
    balaiodelivros.blogspot.com.br

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  5. Oi Ana!
    Mademoiselle parabéns pela excelente entrevista! Adorei as perguntas e adorei conhecer mais sobre o autor.
    É maravilhoso para nós leitores conhecer mais sobre os autores, suas obras, inspirações e identificações.
    Sucesso para Leonardo Barros.
    Gosto mto das tramas policiais e achei bastante interessante a premissa de Presságio.
    Curiosa pela nova obra que vem por aí ;)
    Bjs

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  6. Oi!Adorei a entrevista, perguntas inteligentes, e respostas também.

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  7. Muito boa a entrevista. Sou doida pra ler Presságio – O assassinato da Freira Nua, só vejo comentários bons sobre o livro.
    Beijos.

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  8. Que bacana a entrevista! Não conhecia o autor, nem seu livro... E foi uma ótima forma de nos deixar mega curiosas para conhecer essa história. Além do mais, conferir algumas respostas diretamente de quem escreve a obra... é sempre uma forma de nos aproximarmos ainda mais do autor. Adorei. Beijocas.

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  9. Adorei a entrevista! Eu ri na hora de saber que das visões na hora do orgasmo kkkkk
    Ainda não li o livro e já estou curiosa para o próximo suspense do Leonardo. Vou ler o mais rápido possível!

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  10. Muito legal a entrevista sim Ana. Gostei das dicas dele para quem quer seguir na carreira de escritor "ler de tudo" e não só o gênero que você quer escrever ;) Quero muito ler Presságio, ele está na minha super lista de desejados desde que li a resenha aqui.

    Beijos,
    Jhey
    www.passaporteliterario.com

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  11. Ótima entrevista, é sempre bom conhecer mais dos autores e principalmente os nacionais.
    "Querer saber o que vem a seguir" é com certeza é o combustível que move a leitura, eu sou muito curiosaa hahaha

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