24.3.13

Resenha: O Reino - Clive Cussler & Grant Blackwood

Título: O Reino
Série: As Aventuras dos Fargo
Volume: 3
Autores: Clive Cussler & Grant Blackwood
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Páginas: 336
Classificação: 3/5 [bom]
Sinopse: Em Spartan Gold e Lost Empire, Clive Cussler levou os leitores ao mundo do time do casal Sam e Remi Fargo, em que suas paixões e instinto para caçar tesouros trouxeram descobertas extraordinárias e jornadas perigosas. A próxima aventura do casal, no entanto, pode ser mais ainda aterrorizante. Os Fargos são especialistas em caçar tesouros e não pessoas. Mas, então, um barão do petróleo de Texas os procura com uma pedido pessoal: um investigador amigo dos Faros estava em uma missão para procurar o pai do barão, porém, agora ele também está sumido. Sam e Remi seriam capazes de procurar pelos dois? Apesar de não ter adicionado muita informação sobre o caso, Fargos concorda em começar a procura. O que eles encontrarem irá além do que eles imaginaram. Em uma viagem que os irá levar a Tibet, Nepal, Bulgária, Índia e China, os Fargos serão envolvidos com um mercado negro de fósseis, um baú centenário e o ancião do Reino Tibetano de Mustang, um dirigível do século anterior...

Sam e Remi Fargo são especialistas em achar tesouros. Depois de ficarem ricos com uma invenção de Sam, o casal criou uma fundação dedicada a caça de tesouros e se lançou a uma vida de aventuras. Foi em mais uma dessas aventuras que eles foram abordados por Charlie King, um texano bilionário e com uma história familiar bem interessante. 

O pai de King era arqueólogo e despareceu há mais de quarenta anos durante uma de suas expedições misteriosas, deixando assim o ainda pequeno Charlie King crescer sem pai. King não sabe o que o pai procurava, ou mesmo se ele ainda está vivo, por isso contrata Frank Alton, um detetive particular e amigo dos Fargo, para seguir as últimas pistas que King tem sobre o pai. 

Mas, Frank também desaparece, por isso King contata as Fargo. Preocupados com o amigo, o casal aceita a missão, apesar de saber que King sabe mais do que está contando. O casal viaja para o Nepal, último lugar onde Frank esteve e, supostamente, último lugar onde o pai King foi visto. Conforme começam a explorar cada vez mais fundo, Sam e Remi começam a suspeitar que Frank foi sequestrado e que o próprio King pode ter algo a ver com isso. 

Com ajuda dos funcionários de sua fundação, principalmente de Selma, uma mulher inteligente e prestativa, o casal começa a desvendar os primeiros dos muitos mistérios que envolvem sua missão. Eles descobrem que o Lewis, o pai de King, era alemão e que fez parte de uma equipe de investigação nazista. O grupo do qual Lewis pertencia era especialmente interessando no oculto e procurava provas científicas de que o povo ariano era superior, o que os levou em uma expedição ao Nepal, justamente onde Lewis foi visto pela última vez. 

Os Fargo começam a suspeitar que Lewis teria descoberto algo durante a expedição nazista, mas como não era realmente nazista, só se dedicou novamente a sua descoberta após migrar para os EUA e assumir um nome americano. Ao explorar uma caverna onde Lewis esteve, Sam e Remi descobrem um antigo e misterioso baú, o que os leva a caçada pelo Theurang, ou Homem Dourado, uma misteriosa relíquia de um antigo império nepalês. A descoberta do Theurang, assim como o que ele realmente é, poderia mudar toda a história. Mas como o Theurang se liga aos King? Estaria Charlie King procurando por seu pai ou pela relíquia? E mesmo que estivesse procurando pelo Theurang, o que King, um bilionários do petróleo, sem qualquer conhecimento e, aparentemente, interesse, em arqueologia, faria com ele? Venderia no mercado negro, como ele faz com os resultados de sua escavação clandestina na fronteira entre Nepal e China? 

Cada vez mais intrigados com esse mistério, Sam e Remi Fargo continuam a se aprofundar nessa aventura que poderá se tornar uma ameaça a suas vidas. Com ajuda de seus novos e velhos amigos, o casal viajará pelos cantos mais perigosos do Nepal e países vizinhos, sempre com seus novos inimigos por perto, prontos para qualquer situação. 
“Como era normal para Sam e Remi, eles estavam indo longe e pulando numa série de armadilhas baseado num enorme "se". Essa era a vida dos caçadores de tesouros profissionais, tinham aprendido em anos de buscas” (Pág. 210)
“O Reino” é o terceiro livro da série As Aventuras dos Fargo, mas, como em outras séries do Clive Cussler, cada volume traz uma aventura diferente, não sendo continuação do anterior. Apesar disso, sempre fica aquela sensação de que falta algo, já que não li os volumes anteriores. O único livro que li do Clive Cussler foi “O Espião” (escrito em coautoria com Justin Scott) e, apesar de ter gostado da trama, achei o livro longo e cansativo e com “O Reino” não foi diferente. 

Apesar de ser escrito em coautoria com Grant Blackwood, “O Reino” é bem parecido com “O Espião”, o que, suponho eu, seja a marca de Clive Cussler em ambas as obras. A narrativa em terceira pessoa é bem detalhada e às vezes quase técnica, o que a torna cansativa e deixa o livro longo. “O Reino” não tem tantas páginas assim, mas o modo como a trama é desenvolvida, somado a narrativa, nos dá aquela sensação de que se passaram 200 páginas, quando na verdade não se passaram nem 100. A sensação geral, ao ler o livro, é similar a proporcionada por filmes de aventura. Situações recheadas de adrenalina e perigos estão presentes em praticamente todos os capítulos, o que deixa o leitor sem fôlego e a leitura mais cansativa ainda. 

A trama de “O Reino” foi bem criada, não tem pontas soltas e cada detalhe é importante, assim como os personagens. Apesar do grande número de personagens, cada um tem um papel na história, além de personalidade própria. Todos são cativantes, mas Sam e Remi são os que mais chamam a atenção. Corajosos e inteligentes, os dois são quase surreais, típicos heróis de aventuras de ação. A família King, Charlie, sua mulher e seus filhos gêmeos sinistros, são típicos vilões frios e oportunistas, também quase que surreais. 

A editora fez um bom trabalho com o livro. Não encontrei nenhum erro, a diagramação estava ótima, assim como a tradução, apesar de que a achei um pouco estranha em alguns momentos. A capa do livro é bonita e combina com a história, apesar de que imaginei o balão de outro jeito. 

Enfim, “O Reino” foi uma boa, mas cansativa, leitura e que não pretendo repetir. Na realidade, não pretendo mais ler livros do Cussler. Li “O Reino” mais para ver se conseguia perder a resistência que tenho com o autor, mas continuou desanimando quando vejo o nome dele na capa de um livro. Por mais que goste de histórias de aventura, os livros do Cussler são muito cansativos e a narrativa não me agrada. As situações, lugares e personagens são difíceis de imaginar e, quando não consigo imaginar a história na minha cabeça ao ler o livro, acabo não conseguindo aproveitar 100% à leitura. 

Recomendo “O Reino”, assim como recomendei “O Espião”, para aqueles que gostam de histórias de aventura, cheias de adrenalina e quase surrealistas, mas que têm paciência e não se importam com livros longos e cansativos.


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7 comentários:

  1. Não me interessei por O Reino. Dos Clive eu quero mesmo é A Caçada que parece muito bom e o booktrailler é lindo!
    Gostei da sua resenha.
    Beijo

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  2. Eu esperava mais do livro. Apesar dos pontos negativos, quero ler os livros dele, pois são do estilo que gosto, cheio de aventura, suspense, um típico romance policial ;D

    Bjs

    Da Imaginação a Escrita

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  3. Não tenho nenhum dos livros da série. Mas prefiro o primeiro d série.

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  4. Oi!
    Estou bem interessa em começar a ler logo o primeiro livro da série, me parece ser bom (: o tipo de história que eu gosto.

    Abraços,
    Marinah | Blog Marinah Gattuso

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  5. não é o tipo de leitura que prende muito a minha atenção, mas parece ser muito interessante...
    tenho vontade de ler a serie sim :D

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  6. Af, não posso ler suas resenhas que já quero ler os livros, ):

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  7. Legal esse livro, gostei dele mais porque gostei do primeiro que foi lançado. Tem uma história com um jeito que gosto de ler. O meu está aqui esperando ser lido.

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