¡Hola,
hola!
Hoje
apresento Florbela Espanca, talentosíssima poetisa que inspira e faz
suspirar...
Três
maridos, três livros, quantos amores? E um suicídio...
Quem
nunca teve a sensação de amar sem ser amado?! Doar-se
para nada, doar-se por nada! Sentir que não vale à pena se entregar a uma
paixão, pois os homens são vis e fugazes... inescrupulosos e insensíveis...
O
que amar? Existe Amor, de fato, ou seria esse mais um elemento inventado pelos
seres humanos para manter as aparências sociais e não se comportar como animais
no cio? Será
mesmo que o maior anseio do homem é amar e ser amado? Ou somente ser amado,
pois amar lhe custa tempo, esforço, dedicação...
Até
que ponto me entregar para alguém para receber um risco de amor?
O
quanto quero que você se entregue de modo que não me sinta sufocada?
O
quanto sou capaz de mostrar quem sou? E sou capaz de enxergar quem és?
Ou
meu egoísmo é maior que minha capacidade de amar?
Terei
eu amor próprio?
Terei
eu amor próprio maior do que o que tenho disponível para outrem?
E
amar a quem não conheço? Amar a quem necessita de afeto, atenção, cuidado...?
Amar
a obra Divina da criação?
Amar
a Deus?
Amar
o Bem? Amar o Mal?
Amar
a Tudo e amar Nada...
E
o que é o Amor?
Para
aqueles fantasmas que passaram,
Vagabundos
a quem jurei amar,
Nunca
os meus braços lânguidos traçaram
O
voo dum gesto para os alcançar ...
Se
as minhas mãos em garra se cravaram
Sobre
um amor em sangue a palpitar ...
__Quantas
panteras bárbaras mataram
Só
pelo raro gosto de matar !
Minh’
alma é como a pedra funerária
Erguida
na montanha solitária
Interrogando
a vibração dos céus !
O
amor dum homem ? __Terra tão pisada,
Gota
de chuva ao vento baloiçada ...
Um
homem ? __Quando eu sonho o amor de um Deus ! ...
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Florbela Espanca, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização,feminilidade e panteísmo. Escreveu poesia, contos, um diário e epístolas; traduziu vários romances e colaborou ao longo da sua vida em revistas e jornais de diversa índole, Florbela Espanca antes de tudo é poetisa. É à sua poesia, quase sempre em forma de soneto, que ela deve a fama e o reconhecimento. A temática abordada é principalmente amorosa. O que preocupa mais a autora é o amor e os ingredientes que romanticamente lhe são inerentes: solidão, tristeza, saudade, sedução, desejo e morte.
Eu e minha mãe somos apaixonada por ela. Minha mãe escreve poemas e sempre estamos lendo e falando de Florbela Espanca.
ResponderExcluirRealmente ela foi uma grande mulher, seus poemas são muito inspiradores.
Belo post.
Bjos....
Eu não gosto muito desse tipo de poema não mas tem quem goste hehe, três maridos deve dar trabalho hehe
ResponderExcluirbjos
Adoro ela! Lembro que a primeira vez que ouvi falar de Florbela Espanca (que sobrenome legal - pensei na época rsrs) no Ensino médio foi um amor pela escrita dela sem tamanho! Ah adorei ver ela aqui no Cancioneiro :)
ResponderExcluirTem uma parte de um dos escritos dela que amo de paixão, vou colocar aqui:
"E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais alto ando voando,
Acordo do meu sonho...
E não sou nada!..."
Florbela Espanca - "Vaidade"
Sempre me emociono, sempre!
Beijos
Como o comentário acima ouvi falar da Florbela no ensino médio,e estudei um pouco sobre a vida dela,foi um estudo inspirador,ótimos poemas!
ResponderExcluirOi..
ResponderExcluirEu não conhecia essa poetisa Florbela Espanca, mas é sempre bom aprender um pouco.. E adorei a poesia dela que você escolheu... Quando era mais moça era viciada em poesia e até chegava a escrever uns modestos versinhos...kkk